O Ministério Público da Venezuela intimou, nesta quinta-feira (29/8), Edmundo Gonzáles, opositor do presidente Nicolás Maduro, a prestar depoimento sobre as atas eleitorais publicadas por ele em um site pela terceira vez. Gonzáles deve depor na sexta-feira (30/8) e caso não compareça, pode ser preso.
“Se não comparecer perante esta repartição fiscal na referida data. Será considerado que estamos em presença do risco de fuga (…) e de risco de obstrução (… ) pelo qual será tramitado o mandado de prisão correspondente”, diz a notificação judicial.
Edmundo Gonzálz não atendeu às últimas duas intimações. Pela lei venezuelana, pessoas que ignoram três intimações judiciais podem ser alvos de um mandado de prisão.
Tarek Saab, procurador-geral da Venezuela, disse que González deve depor sobre a publicação de atas impressas das urnas eleitorais em um site.
“Se ele faltar, o Ministério Público vai anunciar uma ação em resposta”, disse Saab.
Após a oposição questionar o resultado das eleições venezuelanas, González passou a ser investigado pelos crimes de usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, entre outros.
No último domingo (25/8), González disse que foi “pré-acusado de crimes que não foram cometidos”.
A líder da oposição María Corina Machado, ainda no mês de agosto, foi acusada por Saab de ser responsável por arquitetar protestos que terminaram em mais de 20 mortes no país após as eleições presidenciais.
