Confrontos entre manifestante e militares israelenses deixaram, pelo menos, 10 palestinos mortos e centenas de feridos na Cisjordânia Ocupada, nesta sexta-feira (14/5), de acordo com as integrantes da área de saúde da Autoridade Nacional Palestina. Também ocorreram manifestações na fronteira de Israel com o Líbano – acarretando na morte de um libanês – e da Cisjordânia com a Jordânia.
Segundo o jornal Haaretz, as mortes na Cisjordânia ocorreram por tiros em Nablus e Jericó e nas aldeias de Yabad, Urif, Marda e Iskaka. Mais um palestino foi morto pelo exército, quando tentou esfaquear um soldado israelense, segundo fontes militares, em Ramallah.
A tropa de choque também dispersou à força centenas de manifestantes pró-palestinos que tentavam chegar a uma ponte que leva à Cisjordânia, enquanto gritavam “Oh, Rei Abdullah, abra as fronteiras”. De acordo com testemunhas, a polícia utilizou gás lacrimogênio e atirou para o ar a fim de deter cerca de 500 jovens que desviaram da rota programada para protesto.
A marcha aconteceu a uma curta distância da Ponte King Hussein, conhecida em Israel como Ponte Allenby, no Vale do Jordão, em frente à cidade de Jericó, e contou com cerca de 2 mil manifestantes. A multidão reuniu diferentes partidos de oposição e grupos tribais em um reino marcado pelas altas tensões desde a escalada de violência entre palestinos e Israel.
No lado libanês da fronteira norte de Israel, dezenas de pessoas também se manifestaram. Sete delas conseguiram romper a cerca, adentrar Israel e promover um incêndio. De acordo com o jornal Haaretz, eles chegaram perto da cidade de Metula, mas fugiram para o Líbano depois do fogo ser descoberto pelas Forças de Defesa de Israel.
Após um dos suspeitos libaneses ser morto por tiros, os bombeiros conseguiram apagar o fogo do território israelense, embora também tenha se espalhado para o território do Líbano.
Com os contínuos ataques entre Israel e Hamas, a Crescente Vermelha afirmou que, no total, mais de 100 pessoas ficaram feridas na Cisjordânia.