A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, convocou os eleitores para fiscalizar a contagem dos votos no país. A votação nas eleições para a presidência venezuelana foi encerrada às 19 horas no horário de Brasília deste domingo (28/7).
“É hora de você ver como seu voto é contado, voto por voto”, escreveu María em sua conta no X. Ela seria candidata pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD), mas teve sua inscrição barrada. O candidato da oposição, líder nas pesquisas eleitorais, é o ex-diplomata Edmundo González.
Os eleitores venezuelanos estão atendendo ao chamado da oposição e estão se reunindo na frente dos centros de votação. O resultado deve ser divulgado na madrugada de segunda-feira (29/7).
Na véspera das eleições, González publicou um vídeo convocando os eleitores para irem presencialmente aos locais de votação com o objetivo de “testemunhar o rigor dos resultados obtidos”.
Eleição histórica
Nicolás Maduro é presidente da Venezuela desde 2013. Ele foi eleito após a morte de Hugo Chávez, que comandava o país desde 1998. Considerando os dois presidente, são mais de 20 anos de chavismo no poder. O mandato presidencial na Venezuela é de seis anos.
As eleições na Venezuela foram recheadas de polêmicas. Maduro chegou a falar de “banho de sangue” e “guerra civil” na hipótese de sua derrota. No entanto, neste domingo, ele mudou o discurso, e garantiu que vai reconhecer o resultado eleitoral.
Opositores criticaram a impossibilidade do registro de candidaturas, a prisão de opositores e a criação de obstáculos para a votação fora do país.
