Kamala dá o tom com ataques pesados a Trump e busca por classe média

Nas primeiras falas como pré-candidata à presidência, Kamala Harris atacou Trump e fez acenos para a classe média e eleitorado feminino

atualizado 24/07/2024 7:23

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Imagem colorida mostra a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris - Metrópoles Chris duMond/Getty Images

Durante o primeiro comício como pré-candidata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris deu o tom da campanha democrata com ataques contra Donald Trump, acenos à classe média e ao eleitorado feminino. O evento aconteceu em Milwaukee, nessa terça-feira (23/7).

Principal nome para substituir Joe Biden no pleito após o atual presidente dos EUA desistir de concorrer à reeleição, Harris reforçou pontos que havia abordado durante um discurso realizado em Delaware, na segunda-feira (22/7).

No evento  de Milwaukee, Harris voltou a atacar Donald Trump, e comparou o bilionário com “criminosos” e “abusadores” que lidava quando atuava como procuradora.

“Antes de ser eleita vice-presidente, antes de eu ser eleita senadora, eu fui procuradora e lidei com predadores que abusam mulheres, empreendedores que abusam de consumidores e trapaceiros que quebram as regras para o seu próprio bem”, disse Harris. “Então, me escute quando eu digo: eu conheço o tipo de Donald Trump. Quando eu era uma procuradora recém-chegada, eu me especializei em abusos sexuais, e Donald Trump é um abusador””, acrescentou.

A vice-presidente dos EUA ainda relembrou a relação de Trump com a Justiça, que declarou o ex-presidente culpado por fraude contábil em um caso que envolveu a ex-atriz pornô Stormy Daniels.

Além dos ataques à Trump, Kamala Harris falou sobre a economia dos Estados Unidos, e prometeu “reconstruir a classe média”.

“O objetivo definidor da minha campanha é reconstruir a classe média, porque todos nós sabemos que quando a classe média se fortalece, América se fortalece e sabemos que esse não é o futuro que Donald Trump está lutando para construir”, disse.

Falando com o eleitorado feminino, a possível candidata do Partido Democrata abordou a questão do aborto nos EUA.

Harris prometeu trabalhar para restaurar leis que facilitem o aborto no país, e disse acreditar “nas mulheres para tomar decisões sobre seu corpo, sem que o governo as digam o que fazer”.

Pesquisas, desafios e futuro

Analistas ouvidos pelo Metrópoles apontam que a tônica dos dois pronunciamentos de Kamala Harris será o caminho a ser seguido por sua campanha, caso seja escolhida oficialmente como o nome que vai representar o Partido Democrata nas eleições.

“No seu primeiro comício, ela fez um forte apelo ao eleitorado feminino, prometendo defender os direitos das mulheres, incluindo o direito ao aborto. Este foco pode ser uma tônica da sua campanha, considerando que questões de gênero têm um impacto significativo nas eleições”, explica o cientista político Eduardo Galvão.
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Kamala Harris em dircuso como canditada a presidente dos EUA, Wisconsin - Metrópoles
Kamala Harris comprimentando o governador Tony Evers - Metrópoles
Kamala Harris embarcando para Wisconsin
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Kamala Harris em comício em Wisconsin - Metrópoles

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Kamala Harris em dircuso como canditada a presidente dos EUA, Wisconsin - Metrópoles

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Kamala Harris comprimentando o governador Tony Evers - Metrópoles

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Kamala Harris embarcando para Wisconsin

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Dois dias após a desistência de Joe Biden, Kamala Harris apareceu dois pontos percentuais à frente de Donald Trump em uma pesquisa divulgada pela Reuters/Ipsos. No levantamento, a candidata democrata surge com 44% das intenções de voto contra 42% do republicano.

Apesar da ligeira vantagem, Galvão explica que a ex-procuradora dos EUA deve enfrentar desafios caso sua candidatura seja oficializada pelos democratas durante a convenção do partido no próximo dia 19 de agosto.

“O primeiro é a divisão interna do Partido Democrata. Embora ela tenha garantido a maioria dos delegados democratas, ainda existe a necessidade de consolidar o apoio dentro do partido para evitar divisões que possam enfraquecer sua candidatura”, explica.

Além disso, o analista afirma que Kamala deve enfrentar problemas relacionados a sua popularidade com o eleitorado dos Estados Unidos.

“Seu histórico como procuradora-geral da Califórnia e vice-presidente dos EUA serve como base para destacar suas habilidades em liderança e justiça social. Mas ainda precisa contar sua história de forma que o grande público compreenda quem ela realmente é e o que representa”, afirma Galvão.

 

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