Novos ataques israelenses mataram pelo menos 70 palestinos na Faixa de Gaza durante a noite dessa quarta-feira (19/3), de acordo com o relato de três hospitais.
Os ataques atingiram várias casas no meio da noite, matando homens, mulheres e crianças enquanto dormiam.
Israel retomou ataques pesados em Gaza na terça-feira (18/3), quebrando um cessar-fogo que havia interrompido a guerra e facilitado a libertação de mais de duas dúzias de reféns. Israel culpou o Hamas pela retomada dos combates porque o grupo militante rejeitou uma nova proposta que se afastava do acordo assinado.
Mais de 400 palestinos foram mortos somente na terça-feira, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. As informações são do jornal The Guardian.
Esses últimos ataques acontecem um dia depois que tropas terrestres israelenses avançaram em Gaza pela primeira vez desde que o cessar-fogo foi estabelecido em janeiro, tomando parte de um corredor que separa o terço norte do território do sul.
Israel, que também cortou o fornecimento de alimentos, combustível e ajuda humanitária para cerca de 2 milhões de palestinos de Gaza, prometeu intensificar suas operações até que o Hamas liberte os 59 reféns que mantém — 35 dos quais se acredita estarem mortos — e desista do controle do território.
O governo Trump, que assumiu o crédito por intermediar o cessar-fogo, diz que apoia totalmente Israel.
Norte de Gaza sitiado
O exército israelense proibiu o tráfego na principal artéria norte-sul de Gaza, um dia após anunciar novas operações terrestres no território palestino.
“Nas últimas 24 horas, soldados da IDF começaram uma operação terrestre direcionada no centro e sul da Faixa de Gaza para expandir a zona de segurança entre as partes norte e sul”, disse o porta-voz do exército de Israel, Avichay Adraee, no X.
“Para sua segurança, o movimento ao longo da estrada Salah al-Din entre as partes norte e sul da Faixa de Gaza, em qualquer direção, é proibido.”
