EUA, Otan e União Europeia pressionam Putin por cessar-fogo

O mundo acompanha os desdobramentos das conversas entre russos e ucranianos em busca de uma resolução pacífica para o conflito

atualizado 11/03/2022 14:59

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Presidente russo Vladimir Putin. Ele está sentado em frente à uma mesa com a bandeira russa atrás - Metrópoles Kremlin Press Service/Handout/Anadolu Agency via Getty Images

O mundo acompanha os desdobramentos das conversas entre russos e ucranianos em busca de um cessar-fogo e uma resolução pacífica para o conflito no Leste Europeu.

Nesta sexta-feira (11/3), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris; o presidente francês, Emmanuel Macron; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, trataram da guerra.

Kamala Harris em viagem pelo Leste Europeu voltou a garantir o posicionamento americano de defesa aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

“Levamos a sério e estamos preparados para agir de acordo com as palavras que falamos quando dizemos que um ataque contra um é um ataque contra todos. Estamos firmes em nosso compromisso”, afirmou Harris.

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou nesta sexta-feira que a invasão russa na Ucrânia vai “desestabilizar” a oferta de alimentos na Europa e na África nos próximos 12 a 18 meses.

“Devemos nos preparar e reavaliar nossas estratégias de produção para defender a soberania militar”, alertou Macron. O francês tem tentado costurar uma acordo de cessar-fogo.

Ursula voltou a defender mudanças no bloco econômico para diminuir a dependência da Rússia. “É um investimento estratégico em nossa segurança e independência. Trata-se de um plano para diversificar suprimentos e buscar fontes renováveis. Iremos propor diminuir nossa dependência do gás e petróleo russos até 2027, usando recursos disponíveis na Europa”, adiantou.

Jens Stoltenberg, da Otan, convocou a Rússia a respeitar as “decisões independentes” dos países livres. A Otan não quer uma guerra aberta com a Rússia. Temos a responsabilidade de impedir que esse conflito [entre Rússia e Ucrânia] se estenda além das fronteiras da Ucrânia e se transforme em uma guerra aberta entre a Rússia e a Otan”, explicou.

Exigências

Para o leitor entender o que impede o acordo de paz, o Metrópoles listou as exigências de cada país na negociação de um cessar-fogo.

Vejas as condições russas:

  • Ucrânia se render militarmente;
  • Mudar a Constituição garantindo que nunca irá fazer parte da Otan;
  • Desistir de integrar a União Europeia;
  • Reconhecer a região da Crimeia, anexada em 2014, como território russo;
  • E reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk.

Veja as condições ucranianas:

  • Criação e respeito aos corredores humanitários de fuga;
  • Cessar-fogo imediato;
  • Retirada das forças russas da Ucrânia.

A reviravolta ocorre um dia após uma mal sucedida reunião entre os chefes da diplomacia russa, Sergey Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba.

Na quinta-feira (10/3), Lavrov reclamou do fornecimento de armas de países do Ocidente para a Ucrânia. Kuleba acusou a Rússia de planejar o ataque ao país e de dificultar as negociações e o socorro aos feridos. Três reuniões de acordo terminaram sem sucesso.

Clique aqui e veja a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

A negociação geopolítica ocorre enquanto cidades inteiras estão sem água, energia e aquecimento. Bombardeios a hospitais e áreas residenciais se intensificaram. Rotas humanitárias de fuga são desrespeitadas.

Ao todo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. Em Kiev, capital da Ucrânia e coração da política, metade dos habitantes fugiram.

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