Avião da FAB resgata brasileiros, ucranianos e argentinos na Polônia

Força Aérea confirmou que a aeronave utilizada na operação, um KC-390, pousou em Varsóvia, na Polônia, nesta quarta-feira (9/3)

atualizado 09/03/2022 15:16

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Aeronave KC-390 - recebimento do avião em Anápolis Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Força Aérea Brasileira (FAB) resgatou brasileiros, ucranianos, argentinos e um colombiano da guerra no Leste Europeu. Ao todo, embarcaram 68 pessoas. Além disso, a missão trará 10 animais salvos durante o conflito.

A FAB confirmou que o avião usado na operação, um KC-390, pousou em Varsóvia, na Polônia, nesta quarta-feira (9/3).

Antes, a tripulação que partiu de Brasília, na terça-feira (8/3), fez três paradas e passou por Recife, Cabo Verde e Lisboa.

Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou um vídeo do momento do embarque. Veja:

Veja os números da repatriação:

  • 42 brasileiros;
  • 20 ucranianos;
  • 1 colombiano; e
  • 5 argentinos.
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A bordo da aeronave, o governo brasileiro enviou 11,6 toneladas de doação humanitária para a população ucraniana.

“Estamos levando donativos para a ajuda humanitária à Ucrânia e, na sequência, embarcaremos nossos passageiros para o retorno ao Brasil”, informou o comandante da FAB, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.

Cerca de 500 brasileiros viviam na Ucrânia, mas, desde que tropas russas invadiram o país em 24 de fevereiro, muitos estão deixando aquele território e se dirigindo para Varsóvia.

De acordo com a FAB, aviões do mesmo modelo foram empregados para transportar doações para vítimas da explosão em Beirute, no Líbano, em 2020, e para prestar apoio às vítimas do terremoto do ano passado no Haiti.

Ao chegarem ao Brasil, os cidadãos serão orientados pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) quanto aos procedimentos sanitários internos a serem adotados em relação aos animais.

Veja donativos enviados à Ucrânia pelo governo brasileiro:

  • 50 purificadores de água, de tecnologia e fabricação nacionais, com capacidade combinada para purificar cerca de 300 mil litros de água por dia;
  • cerca de 9 toneladas de alimentos desidratados e nutritivos, que equivalem a aproximadamente 360 mil refeições; e
  • meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos.

 

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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