A cada dia que o derramamento de sangue se prolonga na Ucrânia, cresce a preocupação de líderes e instituições mundiais com as perspectivas do conflito. O temor se reflete no investimento militar na região. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é uma das que encorparam a presença no Leste Europeu.
A guerra chega ao segundo mês com aumento de 100% nas tropas da Otan que estão na região onde o conflito ocorre. Vale ressaltar que os soldados não estão no combate na Ucrânia, país invadido pela Rússia, em 24 de fevereiro, mas em países próximos, a postos para qualquer escalada que faça o combate se alastrar.
O Metrópoles chegou à conclusão após análises de dados divulgados pela instituição antes do conflito e com as mais recentes atualizações.
A presença militar na região era de 20 mil soldados antes do começo do conflito. Na quinta-feira (24/3), após reunião de cúpula, em Bruxelas, na Bélgica, a Otan confirmou que o efetivo atual chegou a 40 mil.
Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia concentram o maior volume de militares.
“Estamos nos preparando para o longo prazo, porque podemos dizer que a invasão russa na Ucrânia alterou nosso ambiente de segurança. É uma nova realidade, é o novo normal, e a Otan está respondendo à altura”, comentou Stoltenbeg.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
“Estamos reforçando nosso apoio aos países da Otan na linha de frente, enviando um novo grupo de tropas do Reino Unido para a Bulgária, além de dobrar nossas tropas na Polônia e na Estônia”, detalhou
Novos grupos
Um dia antes da reunião de cúpula, Stoltenberg anunciou que a entidade militar está preparando novos grupos de batalha na Europa Oriental como preparação para a hipótese de a Rússia atacar qualquer um dos membros da aliança militar.
A tropa será formada por 1,5 mil soldados em cada grupo, distribuídos em Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária.
A União Europeia já havia confirmado que vai acelerar o plano de reforçar as defesas do bloco e criar uma tropa de intervenção militar com 5 mil soldados. Trata-se de uma medida de prevenção após a invasão russa da Ucrânia.
No fim da tarde de segunda-feira (21/3), o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, confirmou a criação do grupo militar especial.
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A formação da tropa é um plano antigo da União Europeia para reforçar a defesa do bloco. O conflito entre Rússia e Ucrânia, no entanto, fez os países acelerarem o assunto e aprovarem um pacote de 200 milhões de euros destinados ao programa. A ideia é que até 2025 o bloco consiga ter uma força de reação rápida.
“A União Europeia está em perigo. A agressão da Rússia à Ucrânia não é retórica, e constitui uma chamada à ordem”, frisou Borrell após reunião extraordinária entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa do grupo. O pacote prevê cooperação técnica com Otan.
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