Alemanha diz que vai reforçar segurança em meio à guerra na Ucrânia

Chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que serão destinados R$ 100 bilhões de euros para o setor de defesa alemão no orçamento de 2022

atualizado 27/02/2022 9:28

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Olaf Scholz

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, informou ao Parlamento alemão, neste domingo (27/3), que o governo vai reforçar a segurança do país em meio ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Segundo Scholz, serão destinados R$ 100 bilhões de euros para o setor de defesa alemão no orçamento de 2022. Os recursos representam 2% do Produto Interno Bruto (PIB) alemão.

“Não poderia haver outra resposta para a agressão de [presidente russo, Vladimir] Putin”, declarou o chanceler aos parlamentares.

“Putin quer mudar a Europa e ter um império russo, mas ele não tem força militar para isso. Putin não deve subestimar que nós iremos nos defender. Como democratas e europeus, [nós] estamos do lado certo da história”, prosseguiu.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Sanções

Ao Parlamento alemão, Olaf Scholz ainda disse que o país vai cortar financiamentos com bancos russos e companhias estatais.

O chanceler lembrou que as instituições financeiras da Rússia serão removidas do setor do sistema financeiro global, chamado Swift, como anunciado pelos Estados Unidos e a União Europeia.

Swift significa Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais. É um sistema criado em 1973 para permitir a troca de moedas entre países. O Swift reúne cerca de 11.000 instituições financeiras de mais de 200 países.

Sem essa tecnologia, os russos ficam impossibilitados de receber e enviar dinheiro para fora do país. Isso dificulta negociações internacionais, como de importação e exportação.

Além de instituições financeiras privadas, o Banco Central da Rússia ficou proibido de acessar suas reservas internacionais e de liquidar ativos, anunciou a Comissão Europeia.

Conflito entre países

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Com autorização do presidente Vladimir Putin, tropas russas iniciaram, na madrugada de quinta-feira (24/2), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Em pronunciamento, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.

Já são quatro dias de luta armada. Ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. O governo ucraniano afirma que 100 mil soldados russos estão no país. Russos sitiaram a a capital Kiev e tentam tomar o poder.

República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Bélgica anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.

Antes o que ficava em discursos político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches.

Mapa de ataques russos à Ucrânia terceiro dia

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