O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou, na tarde desta segunda-feira (3/5), não defender que os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar possíveis erros do governo federal, dos estados e municípios no enfrentamento à pandemia de Covid-19 inflame um possível processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um dos principais alvos das investigações.
De acordo com o senador cearense, o posicionamento é justificado pela duração de uma CPI, que é de pelo menos 6 meses, além do mesmo prazo para a conclusão das etapas do processo de impeachment. “Daqui a um ano, estaremos em momento eleitoral e não se justificaria”, disse. Segundo ele, o grupo deve se ater às questões específicas sobre a pandemia.
Um dos nomes cotados para disputar as prévias do PSDB para a Presidência da República, Tasso Jereissati afirmou que não descartaria composições, incluindo o próprio Ciro Gomes (PDT), a quem direcionou elogios. “Há uma possibilidade de que o desprendimento seja uma palavra de ordem de todos os candidatos”, afirmou.
Jereissati foi convidado do club Política & Patuscada, um coletivo de lideranças políticas jovens que acontece semanalmente dentro do ClubHouse, nova rede social de áudio e que tem promovido inúmeras salas de debate sobre as eleições de 2022. Ciro Gomes e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), também já passaram pela mesma sabatina.
Na tradicional pergunta feita pelo conglomerado de moderadores, o ex-presidente nacional do ninho tucano também afirmou que salvaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de um possível “paredão” em versão política fantasiosa do Big Brother Brasil (BBB) contra o atual titular do Planalto.
“Salvaria o Lula e botaria o Bolsonaro fora do Big Brother Brasil”, disse.
Além de Jereissati, apareceram como participantes do fórum o atual presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo – que voltou a defender a candidatura do correligionário ao Palácio do Planalto – e do ex-deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ).
Por enquanto, o ClubHouse é exclusivo para quem tem iPhone e que recebe convite de usuários ativos. Pelas políticas de privacidade, apenas foi possível a reprodução do conteúdo porque os moderadores informaram que a sala seria retransmitida pelo Twitter, o que tornou a conversa pública.