Advogada presa em operação ganha cargo na Secretaria de Trabalho do DF

Alinne Marques é investigada por falsificar documentos para facilitar grilagem de terras, mas foi nomeada coordenadora da pasta local

atualizado 22/06/2022 16:33

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Alinne Marques, advogada presa em operação da polícia durante sessão na Câmara Legislativa do Distrito Federal - Metrópoles

Uma advogada que chegou a ser presa pela Operação Terra Livre, a qual desarticulou duas quadrilhas especializadas no parcelamento irregular de terrenos no Polo de Cinema de Sobradinho, foi nomeada, nesta quarta-feira (22/6), para um cargo na coordenação da Secretaria de Trabalho do Distrito Federal.

Apesar de indiciada pela Polícia Civil (PCDF) em maio, Alinne de Souza Marques foi contemplada com a vaga de coordenadora de Ações para o Trabalhador e o Empregador, da Subsecretaria de Atendimento ao Trabalhador e Empregador. Para a função, receberá o salário de quase R$ 6 mil.

A advogada já havia ocupado uma cadeira na Secretaria de Trabalho até outubro do ano passado, quando foi exonerada.

De acordo com o inquérito encaminhado para a Justiça, Alinne Marques teria uma função importante no grupo investigado.

A apuração comandada pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) indica que a defensora esquentava documentos forjados para, supostamente, garantir a legalidade das invasões.

A coluna Janela Indiscreta acionou a Secretaria de Trabalho, que informou que após a publicação da notícia, Alinne foi exonerada.

Advogada do DF é presa por “esquentar” documentos para grileiros

Alinne Marques

Durante o cumprimento da detenção e do mandado de busca, os policiais encontraram vários carimbos e assinaturas falsificados de cartórios, todos usados por Alinne.

Presa na operação, Alinne também ficou conhecida por ter participado das eleições de 2018 e pleiteava uma das cadeiras da Câmara Distrital, mas não obteve votos suficientes.

Veja imagens do material apreendido na operação:

 

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A Operação Terra Livre é conduzida pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). São cumpridos quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão
Segundo as investigações, os grupos brigam pela posse ilegal de terras que pertencem à Terracap e são destinadas à concretização do Polo de Cinema.
Se condenados, os suspeitos podem pegar de sete a 22 anos de reclusão, pela prática dos crimes de associação criminosa
De acordo com a polícia, a rivalidade entre os suspeitos era tão acirrada que eles chegavam a usar armas de fogo nas trocas de ameaças
Ainda para tentar ter direito aos terrenos, os grupos simulavam que moravam no local há vários anos
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Alline ocupou cargo público na Secretaria de Trabalho até outubro do ano passado

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A Operação Terra Livre é conduzida pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). São cumpridos quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão

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Segundo as investigações, os grupos brigam pela posse ilegal de terras que pertencem à Terracap e são destinadas à concretização do Polo de Cinema.

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Se condenados, os suspeitos podem pegar de sete a 22 anos de reclusão, pela prática dos crimes de associação criminosa

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De acordo com a polícia, a rivalidade entre os suspeitos era tão acirrada que eles chegavam a usar armas de fogo nas trocas de ameaças

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Ainda para tentar ter direito aos terrenos, os grupos simulavam que moravam no local há vários anos

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As apurações apontam, ainda, que as duas organizações também tentavam se infiltrar no meio político a fim de conseguir algum tipo de favorecimento

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Três dos investigados já são considerados foragidos

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A operação

A Operação Terra Livre cumpriu quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Segundo as investigações, os grupos brigavam pela posse ilegal de terras que pertencem à Terracap e são destinadas à concretização do Polo de Cinema. Trata-se, ainda, de área de proteção ambiental.

“Ainda que a ocupação estivesse ocorrendo de forma autorizada, notamos que os grupos rivais estavam realizando parcelamento irregular, em glebas abaixo de dois hectares”, disse o delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado.

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