Um júri de Broward, no estado norte-americano da Flórida, ordenou ao McDonald’s o pagamento de US$ 800 mil, o equivalente a R$ 3,8 milhões, em danos a uma menina de 7 anos que sofreu queimaduras de segundo grau ao adquirir um pacote de nuggets da empresa. O caso aconteceu em 2019. A decisão da Justiça, entretanto, foi anunciada nessa quarta-feira (19/7). Inicialmente, os advogados da família pediram US$ 15 milhões, mais de R$ 71 milhões.
“Na verdade, estou feliz por eles ouvirem a voz de Olivia e o júri ter sido capaz de fazer um julgamento justo”, declarou a mãe da menina, Philana Holmes, a repórteres do lado de fora do tribunal. “Estou feliz com isso. Sinceramente, não tinha expectativas. Isso [US$ 800 mil] é mais do que justo para mim”, incrementou.
Os advogados da família argumentaram, de início, que US$ 15 milhões era o mínimo que a rede de fast food e sua operadora de franquia, a Upchurch Foods, poderiam fazer para “cobrir o passado e o futuro” de Olivia Caraballo. A criança, agora com 8 anos, apelidou a cicatriz deixada na parte interna da coxa de “pepita” e está determinada em removê-la.
Os advogados do McDonald’s argumentaram que o desconforto de Olivia terminou quando as feridas cicatrizaram, o que, segundo eles, levou três semanas. “Ela ainda vai ao McDonalds, ela ainda pede para ir ao McDonald’s, ela ainda está dirigindo pelo drive-thru com sua mãe, comprando nuggets de frango”, disse a advogada de defesa, Jennifer Miller, em argumento final. “Ela não está incomodada com a lesão. Isso é tudo a mãe”, completou.
Olivia Caraballo sofreu as queimaduras quando um pacote de Chicken McNugget caiu em seu colo durante uma viagem de carro em família a um drive-thru. Ela estava no banco traseiro do veículo. Em nenhum momento, nas palavras da mãe, o McDonald’s a alertou de que a comida poderia estar excepcionalmente quente.
Quando a criança começou a agonizar de dor, Philana Holmes parou em um estacionamento para socorrer a filha. Fotos e clipes das queimaduras tirados por ela foram reproduzidos no tribunal. Os jurados também ouviram o testemunho do pai de Olivia e dos médicos responsáveis pelo atendimento da menina.
