A vida não é filme, nem reality show de gastronomia. Na realidade em que vivemos hoje, comer fora tem nos colocado vários limites, sendo o principal deles o valor das refeições em restaurantes. Os preços estão em ascensão, especialmente devido à crise sanitária, que desencadeou a alta dos combustíveis, restrições de fornecimento de insumos e mais um tanto de limitações ao segmento de alimentação. Muitos proprietários e chefs têm consciência de que o público está cada vez menos disposto a pagar altos valores por comida fora do lar e buscam alternativas para atrair o público e torná-lo fiel.
Neste sentido, a maioria se vale do menu executivo para garantir faturamento no período de almoço, em dias de semana. Não que este tipo de serviço seja uma grande novidade, mas a adaptação ao momento contribuiu para uma maior adesão. A vantagem, além do preço, é a otimização da logística, afinal, a volta ao trabalho precisa ser rápida para o cliente e, quando a casa lota, a agilidade também é fundamental para atender a mais comensais em poucas horas e engrossar os ganhos.
Vira e mexe, opto por menus executivos, especialmente quando são variados. Aliás, creio que esta é a chave para o sucesso deste tipo de iniciativa. E, convenhamos, não dá pra ficar na mesmice e ser engolido pela concorrência nos dias de hoje, não é?
Minha última investida em menu executivo foi no restaurante Ouriço, do chef Thiago Paraiso. Aberta em meio a pandemia, em agosto do ano passado em novo endereço, na 405 Sul, a casa tem cardápio baseado em frutos do mar, sendo destaque as moquecas.
Em outras ocasiões, provei a de frutos do mar (R$ 155, para duas pessoas) e a de vieiras (R$ 319, para duas pessoas), ambas muito boas. O steak tartar (R$ 59) com camarões empanados acompanhando também é ótima pedida, assim como a casquinha de siri (R$ 29). Mas, desta vez, antes do executivo, pedi os mexilhões ao vinho branco (R$ 54) e o tartare de atum (R$ 56) com teriyaki de pitanga e chips de mandioquinha. Com um menu a R$ 59, dá até para fazer uma estripulia de vez em quando, né, não?
O chef oferece várias opções de principais, mais saladinha de entrada e pequena sobremesa, por R$ 59. Vale de segunda a sexta, das 12h às 15h, exceto em feriados. Preciso ressaltar que cheguei por volta de 12h20 e a casa já estava cheia e que, ao longo da minha estada, houve giro em várias mesas.
Os pratos executivos
As opções de principal passam por bobó de camarão médio com palha de mandioca e arroz; tilápia grelhada em azeite de alho e limão, servida com arroz, pirão de moqueca e banana assada; e moquequinha de peixe com arroz e farofa de banana.
Quem prefere carne bovina, pode escolher entre parmegiana de filé mignon com arroz de brócolis e fritas; carne de sol com pirão de queijo coalho e mandioca fritas e bife acebolado com arroz de alho e purê de batatas.
Já os vegetarianos têm à disposição a moqueca de banana da terra com arroz de salsa e farofa; e o risoto ao pomodoro com mozzarella de búfala, pesto e tomate tostado.
Para completar o executivo, é possível pedir como sobremesa o bolo de cenoura com calda de chocolate, mini palha italiana de banana ou a versão pequena no pudim da Bisa, que considero um dos melhores da cidade.
Bom ressaltar que o restaurante merece visita também aos fins de semana. Sabendo escolher, dá para fazer uma boa refeição em família ou entre amigos, pagando um valor bem justo. O ambiente é agradável e tenho um certo apego pelo piso logo na entrada, que remete à beira da praia.
Serviço:
Restaurante Ouriço
CLS 405, bloco C, loja 16
Telefone: (61) 99267-2967
Funciona segunda, de 12h às 15h; de terça a sexta, de 12h às 16h, e das 19h às 23h; domingo, das 12h às 17h
Instagram: @ouricorestaurante
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