Rã e ouriço: conheça restaurantes com carnes não convencionais no DF

Seja por curiosidade ou por conhecimento de causa, muitos consumidores optam por proteínas diferentes quando comem fora de casa

atualizado 05/01/2019 16:29

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JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

Ninguém come estas carnes desavisado. Se por curiosidade ou por conhecê-las muito bem, o brasiliense tem se arriscado com animais pouco ortodoxos em seu prato. Seja uma carne de caça, como o javali ou a codorna, ou bichos tidos como menos nobres, como é o caso da rã e do ouriço, que comumente é jogado de volta no mar quando pescado.

Segundo Divino Barbosa, chef do Santé 13, os curiosos que pedem as coxinhas de rã do menu – três peças fritas ao molho de cinco ervas sobre cama de tártaro, a R$ 41 – sempre se surpreendem. “Quem vê depois de pronta não fala que é rã, parece uma tulipa, uma coxinha de frango. Aconteceu diversas vezes de eu ir até a mesa para pedir retorno sobre essa entrada exótica. Eles dizem: ‘Gente, jamais pensei que ia gostar de um bichinho tão feio!’”, brinca.

O Saveur Bistrot também serve a iguaria como entrada: perninhas grelhadas em manteiga de alho sobre purê de ervilhas, a R$ 46. Frequentemente comparada à carne de galinha ou à de peixe, a rã está, segundo o chef Thiago Paraíso, entre um e outro. “Não é leve como um pescado, mas não é tenro como o frango. É muito simples de fazer, não tem mistério: a cocção não pode ser muito longa, a carne fica borrachuda. A gente só sela e finaliza no forno com a manteiga”, descreve o cozinheiro.

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
Thiago Paraíso brinca com uma rã servida no Saveur: textura da carne está entre a de peixe e a de frango

 

No Saveur, outro bicho estranho é o carro-chefe da casa: a costela de javali ao molho de jabuticaba, com risoto de queijo coalho e banana crocante (R$ 84), tem boa saída entre os clientes. “O javali nada mais é que um porco selvagem. A carne é mais escura, chega a ser um pouco mais magra que a do porco, mas o sabor é parecido. O prato em si tem o diferencial do molho adocicado em união ao risoto de coalho”, descreve Paraíso.

Se os clientes do Saveur adoram o javali, os da Santa Pizza tendem a ser mais conservadores. A pizza Obelix, que leva muçarela, muçarela de búfala, linguiça de javali, tomate e queijo grana padano, tem pouca saída. “O pessoal prefere pizza marguerita, é um clássico. A gente sempre sugere a Obelix quando o cliente dá abertura, e temos retornos positivos. Mas, se saem 20 pizzas dessas por mês, é muito”, comenta Fernanda Neiva, proprietária da pizzaria.

Essa linguiça de carne de javali só pode ser encontrada na casa da Asa Sul: vem de um fornecedor artesanal do interior do Paraná. No salão, é possível pedir a pizza individual (R$ 63), a brotinho (R$ 46,70), a média (R$ 59,80) e a grande (R$ 73,10). Os dois últimos tamanhos também estão disponíveis no delivery.

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O sabor da rã é muito suave e apreciado, por isso deve ser temperado com simplicidade
No Saveur, o carro-chefe é a costela de javali, o prato mais pedido entre os clientes
As coxinhas de rã do Santé são fritas com molho de cinco ervas e dispostas sobre molho tártaro
A pizza Obelix é uma das favoritas de Fernanda Neiva, dona do Santa Pizza. A saída, no entanto, é baixa
Cristiano Arantes Komiya, o chef do New Koto, mostra o prato de ouriço, um dos favoritos da clientela
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No Saveur, as coxinhas de rã são seladas na frigideira e finalizadas no forno: preparo rápido para não errar a consistência

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O sabor da rã é muito suave e apreciado, por isso deve ser temperado com simplicidade

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
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No Saveur, o carro-chefe é a costela de javali, o prato mais pedido entre os clientes

Felipe Menezes/Divulgação
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As coxinhas de rã do Santé são fritas com molho de cinco ervas e dispostas sobre molho tártaro

Oswaldo Scafuto/Divulgação
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A pizza Obelix é uma das favoritas de Fernanda Neiva, dona do Santa Pizza. A saída, no entanto, é baixa

Divulgação
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Cristiano Arantes Komiya, o chef do New Koto, mostra o prato de ouriço, um dos favoritos da clientela

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
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As ovas do ouriço são servidas sem qualquer tempero, para serem apreciadas frescas

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Do ouriço in natura, aproveitam-se as ovas, a massa amarela no exoesqueleto

Thiago Paraíso/Divulgação
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Ocasionalmente, os clientes do restaurante Ouriço conseguem provar a iguaria que dá nome ao local: tartare de frutos do mar com ouriço

Thiago Paraíso/Divulgação
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No Rei da Codorna, em Taguatinga, a melhor pedida é combinar a codorna frita com uma cerveja bem gelada

iStock

Um dos pontos de encontro mais badalados da comunidade nipônica brasiliense é o New Koto, na Asa Sul. Ali, outro animal diferente consta no cardápio: a porção de sushi de ouriço (R$ 30) é uma queridinha da clientela. “Tem um gostinho de mar. Servimos cru, bem fresquinho. Tem cliente não nipônico que gosta muito, até uns que vêm aqui só para comer o ouriço. O pessoal é meio viciado”, brinca o gerente da casa, Jun Marcelo Kuriki.

Outro lugar para se comer ouriço é… o Ouriço. O chef Thiago Paraíso também assina o menu desse estabelecimento e conta que, quando seu fornecedor em Santa Catarina tem a iguaria, ele consegue servir o prato que dá nome ao restaurante: o tartare de frutos do mar com ouriço (R$ 84).

“Posso dizer que as pessoas provam o ouriço por curiosidade. A maioria dos nossos clientes nunca comeu. É, de fato, um fruto do mar muito exótico e difícil de consumir. Como temos um menu degustação, é um prato que mando muito, porque o pessoal normalmente não pede algo assim do cardápio”, conta o chef.

Em Taguatinga, a melhor pedida do Rei da Codorna também está no nome do restaurante. Servida frita e acompanhada de farofa (a R$ 16; somente a codorna por R$ 13), a carne exótica tem clientela fiel na região administrativa. “Só experimentando mesmo. É uma carne diferente, macia, saborosa. O tempero é o mais simples possível, não pode misturar coisa demais, para não mascarar o gosto. Usamos apenas alho e sal”, descreve Carlos Alberto da Costa, proprietário do estabelecimento.

New Koto
212 Sul. Terça a sábado, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Telefone: (61) 3346-9668

Ouriço
SHIS QI 21, Conjunto 4, Lago Sul. Terça a quinta, das 19h30 às 23h30; sexta e sábado, das 12h às 15h e das 19h às 23h30; domingo, das 12h às 16h. Telefone: (61) 99558-0179

Rei da Codorna
Setor D Norte, Taguatinga. Segunda a sexta, das 16h à 0h; sábado, das 11h à 0h. Telefone: (61) 3355-3613

Santa Pizza
207 Sul. Domingo a quinta, das 18h30 às 23h30; sexta e sábado, das 18h30 à 1h. Telefone: (61) 3244-1415

Santé 13
413 Norte. Segunda a quarta, das 12h às 23h; quinta, das 12h à 0h; sexta e sábado, das 12h à 1h; domingo, das 12h às 17h. Telefone: (61) 3037-2132

Saveur Bistrot
SMDB Conjunto 10, Lote 1, Lago Sul. Terça a sábado, das 19h30 às 23h30. Telefone: (61) 99116-3211

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