A quantidade de minutos de acréscimos dados nos jogos do Brasil nas Olimpíadas tem revoltado o torcedor. Na última terça-feira (6/7), a Seleção Brasileira de futebol feminino venceu a Espanha por 4 x 2 em jogo que ficou marcado por 18 minutos de jogo a mais após o final do tempo regulamentar.
Apesar dos acréscimos excessivos incomodarem, a prática foi estabelecida pela Fifa e está em “vigor” com mais rigorosidade na sua aplicação desde a Copa do Mundo de 2022. O novo padrão é “compensar” todo tempo perdido com substituições, faltas, atendimentos médicos e afins nos acréscimos, mesmo que o tempo a ser acrescido vá muito além do habitual.
Além disso, a prática visa minar atitudes antidesportivas, como a prática de cera e demora para a reposição da bola em jogo. Com o novo padrão a ser seguido, a Seleção Brasileira jogou um total de 114 minutos de acréscimos, se somado todo o tempo acrescido aos 90 minutos das cinco partidas disputadas pela equipes em Paris.
Excesso
Os 114 minutos a mais jogados pela Seleção Brasileira são equivalentes a, na prática, um jogo inteiro além das cinco partidas disputadas no tempo regulamentar. A prática faz com que, em tese, o Brasil tenha jogado seis partidas em um intervalo de 12 dias de Olimpíadas.
Ao todo, o Brasil jogou 564 minutos nas Olimpíadas de Paris. Rivais das brasileiras na final, os Estados Unidos contabilizam ainda mais tempo de jogo, com um total de 573 minutos em campo.
Confira os acréscimos dados nos jogos do Brasil em Paris:
Brasil 4 x 2 Espanha: 6′ no 1º tempo e 18′ no 2º tempo = 24′ totais
Brasil 1 x 0 França: 6′ no 1º tempo e 19′ no 2º tempo = 25′ totais
Brasil 0 x 2 Espanha: 10′ no 1º tempo e 20′ no 2º tempo = 30′ totais
Brasil 1 x 2 Japão: 5′ no 1º tempo e 11′ no 2º tempo = 16′ totais
Brasil 1 x 0 Nigéria: 10′ no 1º tempo e 9′ no 2º tempo = 19′ totais
Total: 37′ no 1º tempo e 77′ no 2º tempo = 114′ totais
