Após a medalha de ouro em Tóquio 2020, Ana Marcela terminou a prova de maratona aquática das Olimpíadas de Paris 2024 na 4ª posição, disputada nesta quinta-feira (8/8). Em entrevista para a Globo, a nadadora não escondeu sua frustração com o resultado.
A brasileira chorou e revelou seu medo de não conseguir representar o país nas próximas Olimpíadas.
“A gente quer representar da melhor forma possível. Meu choro é porque eu não sei se vou ter outra oportunidade. Mas eu só quero agradecer, muito, ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro) principalmente, que me apoiou muito. À Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos também porque, no momento que eu precisei virar uma chave, eles estavam comigo”, revelou.
Apesar de ter saído da 20ª colocação e ter terminado a prova no 4º lugar, Ana não escondeu sua frustração com o resultado. Aos 32 anos, ela também contou que cogitou desistir de competir em Paris.
“O quarto é pior que o quinto. É um abismo entre uma medalha, e ser (medalhista) por pouco. É o que falei com a minha família: um ano atrás, falei com minha psicóloga e com eles que eu queria parar de nadar. Quase deixei de ir para a seletiva olímpica; foi um ano difícil. Mas a cada treino e a cada prova, eu me superei muito. Só eu e minha família sabemos como foi esse último ano, porque em um ciclo são quatro, a gente já teve um ano a menos. Sair da glória de um ouro olímpico e ter várias reviravoltas… Mas não quero dar desculpas, só quero dizer que deixei tudo hoje, do começo ao fim”, completou.
Ana era uma das esperanças de medalha do Brasil nos jogos de Paris 2024. Essa foi seu quinto ciclo olímpico, que começou em 2008, em Pequim, quando tinha apenas 16 anos e garantiu um 5º lugar. Ela não obteve índice para Londres 2012, mas retornou para disputar Rio 2016, quando ficou em 10º.
