Aos 26 anos de idade, Wendell Belarmino é considerado um dos melhores da natação paralímpica brasileira, e é também um dos principais nadadores do Distrito Federal.
O atleta nasceu com glaucoma congênito, uma doença que causa a má formação do sistema de drenagem dos olhos antes do nascimento. Chegou a passar por dez transplantes de córnea, mas mesmo assim teve perda gradativa de visão.
Wendelll competia pela classe S12, para atletas com visão parcial. Depois mudou para a S11, que é quando se tem deficiência visual total. Para garantir que todos estejam no mesmo nível, os óculos são vedados nas competições. A mudança aconteceu em 2019 pois já estava com apenas 3% de resíduo visual.
Antes da natação, o jovem chegou a se aventurar no Hipismo mas preferiu seguir na modalidade pela maior competitividade. No Parapan de 2019 conquistou seis medalhas, quatro delas de ouro, e no mundial de Londres, pouco depois, mais três.
Já nas Paralimpíadas de Tóquio, em 2020, conquistou mais três medalhas. Um ouro nos 50m livre, a prata no revezamento 4x100m livre misto e também a medalha de bronze, na prova dos 100m borboleta.
Os últimos anos não foram fáceis para o atleta, que chegou a precisar de uma cirurgia nos ombros, e passou a ser afetado por problemas psicológicos. Cogitou até mesmo a pensar em desistir da modalidade, mas uma proposta do Praia Clube, de Uberlândia-MG, fez com que ele voltasse atrás e repensasse a aposentadoria repentina.
Agora, ele treina focado e quer buscar mais medalhas nas Paralimpíadas Paris 2024, e quem sabe, ajudar o Brasil a ficar entre os cinco melhores países no rabking geral.
