Bom Dia, Verônica é o tipo de série “maratona”. Você precisará de apenas um dia livre para começar a acompanhar o enredo do suspense e entrar na onda do “vou assistir só mais um episódio”. Quando se der conta, já acabou! A primeira temporada da trama brasileira, que estreia na plataforma de streaming Netflix em 1º de outubro, é chocante, instigante, militante, importante e, diga-se de passagem, torturante.
A série, inspirada no livro homônimo de Ilana Casoy e Raphael Montes, relata a história de Verônica (Tainá Müller), uma escrivã da polícia que se depara com um caso de violência extrema contra a mulher. De mãos atadas, ela precisa lidar com o machismo, a corrupção policial e a agressão psicológica para salvar mais uma vítima de um câncer da sociedade.
Com um elenco de peso, que conta com Eduardo Moscovis e Camila Morgado, Bom Dia, Verônica te prende em frente à TV desde o primeiro minuto da série. O enredo no início pode parecer complicado de entender, mas a evolução da narrativa faz com que o telespectador chore, sofra e até sinta a dor da personagem – com mulheres, o efeito tende a ser mais intenso pelo conteúdo voltado ao estupro e à agressão física.
Mas, esta repórter que vos fala já avisa: prepare o estômago! Cheia de reviravoltas perturbadoras para cada um dos personagens, a classificação indicativa em 18 anos não é à toa. Bom Dia, Verônica contém imagens fortes, que mexem com o coração até dos mais “durões”. Desde mortes tenebrosas até agressões físicas, algumas cenas são capazes de causar um certo enjoo.
O Metrópoles foi um dos felizardos em assistir antes da estreia a primeira temporada da trama e garante ao leitor que a parte mais difícil será esperar pela segunda – que tenha uma segunda, Netflix, nunca te pedimos nada! Mesmo que toda a série seja chocante, o último episódio te deixa pelo menos por 10 minutos de boca aberta e tentando encontrar explicações.
E lembre-se: sem preconceito com produções brasileiras!
Avaliação: Ótimo
