Depois de 30 anos, o “rei” Roberto Carlos venceu o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e surpreendeu o público que assistiu ao especial de Natal transmitido pela Globo na noite da última sexta-feira (23/12). No repertório da apresentação, estava a canção que faz sucesso desde o ano de 1965: “Quero que Vá Tudo pro Inferno”. Por conta da doença, Roberto não falava a palavra “inferno” há anos.
Roberto Carlos comentou sobre a batalha que trava contra o transtorno. “Não me lembro mais quando foi a última vez que cantei essa música. Faz muito tempo realmente. De repente, os amigos insistiram e comecei a tratar o TOC. Melhorei um pouco e ensaiei cantando pela metade, mas aí tratei mais um pouco e resolvi cantar tudo”, disse.
Antes do tratamento, o cantor tinha uma lista de hábitos desenvolvidos por causa da doença. Ele só saía de um lugar pela mesma porta em que havia entrado, além de não usar nada de cor marrom. Segundo Roberto, sempre que ouvia alguém dizer palavras excluídas por ele de sua vida, cuspia três vezes.
E o Roberto Carlos voltou a dizer “inferno”. 2016, que ano pic.twitter.com/8b5W7b8Prn
— Bernardo MelloFranco (@BernardoMF) 24 de dezembro de 2016
Especial Roberto Carlos
Marca registrada da Rede Globo desde de 1974, o musical completa 42 anos e continua alcançando bons números de audiência. O único ano em que não houve programa foi em 1999, quando Maria Rita, mulher de Roberto Carlos, morreu.
Ano passado a atração marcou 25 pontos de média, o que a tornou o segundo programa mais visto da televisão brasileira no dia da exibição. O “rei” ficou atrás apenas da novela “A Regra do Jogo”.
Este ano, o cantor se apresentou ao lado da cantora mirim Rafa Gomes, finalista do “The Voice Kids; Zeca Pagodinho; Caetano Veloso; Gilberto Gil e Marisa Monte. O especial também exibiu o clipe da música “Chegaste”, da improvável parceria com Jennifer Lopez.
