Após surpreender boa parte do público com Break My Soul, uma faixa que reverencia a cultura de boate, Beyoncé traz a continuação dessa nova era, nesta sexta-feira (29/7), com o disco Renaissance. Ao menos oficialmente, já que há dois dias uma versão do álbum vazou na internet e, ao menos nas redes sociais, empolgou o público.
O disco que chega hoje às mãos dos fãs (ou melhor, aos serviços de streaming) é a primeira parte de um projeto que terá, segundo a própria Beyoncé, três atos. Mais do que uma ode à vida noturna e à house music, a obra é também uma homenagem à comunidade LGBTQIAP+, representada na figura do tio da cantora.
“Um grande obrigado ao meu tio Jonny. Ele foi minha madrinha e a primeira pessoa a me mostrar muito da música e da cultura que serve de inspiração para este disco. Obrigado a todos os pionerios que originaram essa cultura, a todo os anjos caídos e suas contribuições que foram ignoradas por muito tempo. Isso é uma celebração a vocês”, escreveu Beyoncé.
Essa é a segunda homenagem pública de Beyoncé ao tio, em 2019, ao receber o GLAAD Media Awards, a cantora celebrou Jonny. “Os direitos LGBTQIAP+ são os direitos humanos”, cobrou a cantora na época.
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Musicalmente
Além de uma celebração do tio e de sua cultura, Renaissance é em grande medida uma homenagem à house music e à importante contribuição da população negra na criação do gênero – atualmente, um dos mais populares da música eletrônica.
O gênero, que fica presente em Break My Soul, surgiu com o DJ Frankie Knuckles (1955 – 2014), um dos principais nomes responsáveis por popularizar o estilo e apontado por muitos como o criador da house music.
Com batidas que oscilam entre 126 e 130 bpm, a house music foi, sobretudo nos anos 1980, um símbolo de resistência e da cultura das boates, com um som marcado pelo uso das baterias eletrônicas. O gênero também encontrou forte acolhida entre o público LGBTQIAP+.
Renaissance está disponível nas principais plataformas de streaming.
