Além de ter sido escolhido para a abertura do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com exibição nesta terça-feira (7/12), o filme Já Que Ninguém Me Tira Para Dançar foi selecionado para estrelar a 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival do Rio, na mostra Première Brasil Especial.
Em um período de três meses, o longa, que é dirigido por Ana Maria Magalhães e coproduzido pelo Metrópoles, foi selecionado para os três maiores eventos cinematográficos do Brasil. “Leila Diniz é tão forte que creio este ser o único filme na história que percorreu os três maiores festivais do país no mesmo ano – Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro”, explicou Lino Meireles, coprodutor do filme.
No caso do evento de São Paulo, o filme participou da Mostra Brasil e foi exibido nos dias 28 e 29 de outubro. O São Paulo Int’l Film Festival reuniu, durante duas semanas, 264 títulos de mais de 50 países. A seleção fez um apanhado do que o cinema contemporâneo mundial tem produzido, além de apresentar tendências, temáticas, narrativas e estéticas.
A próxima exibição do longa sobre Leila Diniz será no 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que começa nesta terça-feira (7/12). Escolhido como filme de abertura, a produção ficará disponível durante todo o evento, que termina apenas no dia 14/12, na InnSaei.TV.
A diretora do filme, Ana Maria Magalhães, estará presente na cerimônia de abertura e apresentará o filme para a audiência. Vale lembrar que o Festival, em sua totalidade, será exibido online pela plataforma digital do evento.
Por fim, o Festival do Rio, realizado entre os dias 9 e 19 de dezembro, tera Já Que Ninguém Me Tira Para Dançar na mostra Première Brasil Especial. A data de exibição serão 18 e 19 de dezembro.
A obra cinematográfica conta a vida da atriz Leila Diniz (1945-1972), que foi a mulher que “abriu o caminho para a revolução sexual durante os anos sombrios da ditadura”. Considerada muito à frente de sua época, ela chocou o país e escandalizou após exibir sua gravidez de biquíni, algo inimaginável para a época. Ela faleceu aos 27 anos após um acidente de avião na Índia, quando voltava de um festival de cinema na Austrália, onde recebeu o prêmio de melhor atriz.
A primeira versão do filme é de 1982, quando a morte de Leia completou 10 anos. O novo longa, lançado em outubro deste ano, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, foi realizado a partir da remasterização de entrevistas com personalidades que conviveram com Leila Diniz.
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