Crítica: “Bright” decepciona ao tentar reler filmes policiais

Filme estrelado por Will Smith é a tentativa da Netflix de se aproximar do cinema de blockbusters

atualizado 26/12/2017 18:41

Compartilhar notícia
Netflix/Divulgação

Em “Bright”, tipo de filme mais divertido descrito do que visto, a Netflix tenta dar um passo adiante em sua imensa programação original (sobretudo de séries) e espelhar no streaming o sucesso que certas franquias (Marvel, “Star Wars”, Harry Potter etc) fazem no cinema.

Nada melhor que convocar Will Smith, estrela que não emplaca nada desde “MIB: Homens de Preto 3” (2012), e o diretor David Ayer, de “Esquadrão Suicida” (2016), aventura de super-heróis em que o astro teve papel importante e foi massacrada pela crítica. Certo?

5 imagens
Joel Edgerton e Will Smith: policiais arriscam a vida em Los Angeles
Ward (Smith) e Jakoby (Edgerton): patrulhamento das ruas e tensões raciais
Ward, o experiente policial interpretado por Will Smith: a cinco anos da aposentadoria, mas destinado a participar de uma guerra mística entre humanos, orcs e elfos
Pôster de "Bright": Netflix tenta emplacar franquia de filmes
1 de 5

Diretor David Ayer e ator Will Smith: dupla também trabalhou em "Esquadrão Suicida" (2016)

Netflix/Divulgação
2 de 5

Joel Edgerton e Will Smith: policiais arriscam a vida em Los Angeles

Netflix/Divulgação
3 de 5

Ward (Smith) e Jakoby (Edgerton): patrulhamento das ruas e tensões raciais

Netflix/Divulgação
4 de 5

Ward, o experiente policial interpretado por Will Smith: a cinco anos da aposentadoria, mas destinado a participar de uma guerra mística entre humanos, orcs e elfos

Netflix/Divulgação
5 de 5

Pôster de "Bright": Netflix tenta emplacar franquia de filmes

Netflix/Divulgação

Nem tanto. A Netflix só consegue mesmo replicar o que existe de pior em recentes sagas de Hollywood que fracassaram já na largada, como “A Múmia” e “Rei Arthur: A Lenda da Espada”, para citar exemplos fresquinhos.

Como num cruzamento entre o jogo “Warcraft” e filmes policiais, nos quais Ayer é especialista, “Bright” mostra uma Los Angeles em que humanos, elfos e orcs vivem longe da harmonia. Por ordem de um programa inclusivo, o experiente policial Ward (Smith) é obrigado a trabalhar diariamente com Jakoby (Joel Edgerton), orc que sempre sonhou em usar farda e distintivo.

Enquanto os humanos vivem razoavelmente bem, os orcs se escondem em bairros marginalizados, sofrem preconceito das outras raças e penam sob o cassetete da polícia de Los Angeles. Os elfos sequer andam entre os coirmãos, frequentando espaços privilegiados da metrópole.

Mitologia e polícia: encontro ruidoso
Eis que, meio a fórceps, descobrimos que as rivalidades atuais têm origem milenar e que existem militantes (os Inferni) interessados em reviver o temido Senhor das Trevas. A principal estratégia desses fanáticos envolve tomar posse de varinhas mágicas. Um desses artefatos está à solta. Até cair no colo de Ward e Jakoby durante um patrulhamento de rotina.

A primeira hora de “Bright”, apesar de irregular, tem lá seus momentos atraentes de brodagem policial e discussões sobre território na cidade grande. É o que o filme tem de mais próximo dos melhores trabalhos de Ayer (o found footage “Marcados para Morrer” e o roteiro de “Dia de Treinamento”).

Assim que a mitologia de varinhas começa a dividir espaço com tiroteios e cenas de luta, a aventura perde qualquer potencial de encanto.

Sobrando na trama, a vilã Leilah (Noomi Rapace) e Kandomere (Édgar Ramírez), agente elfo que trabalha na divisão do FBI dedicada a assuntos mágicos, evidenciam o quanto o roteiro de Max Landis (“American Ultra”) parece mais interessado em deixar pistas para prováveis continuações do que desenvolver bons personagens.

Dentro do já esperado direcionamento temático pensado pela Netflix, a produtora de séries geradoras de textões nas redes sociais, “Bright” decepciona ao tratar o racismo de maneira reducionista e simplória, como um mero desarranjo social.

Avaliação: Regular

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar