Ao decidir transformar o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em filme, Lino Meireles desejava preservar a história de um dos grandes acontecimentos do cinema nacional. Contudo, a dedicação do cineasta brasiliense a seu longa de estreia fez de Candango: Memórias do Festival um capítulo importante dos 53 anos da competição.
No ano em que o festival ocorre em formato inédito, pela tevê e pela web, o longa se consagrou com o candango da Mostra Brasília, como Melhor Documentário de Longa-metragem, e foi reconhecido com o prêmio Marco Antônio Guimarães, concedido ao filme que melhor utilizou material de pesquisa do cinema brasileiro. Além disso, sagrou-se campeão na categoria de Júri Popular como Melhor Longa-Metragem da Mostra Brasília.
“Uma das coisas mais importantes para este filme é o interesse do público, pois a mensagem dele, de resistência e de persistência do cinema brasileiro, tem de se espalhar”, comemorou Lino Meireles.
Assim que o prêmio foi anunciado, em uma cerimônia on-line, transmitida no Youtube da Secretaria de Cultura, Lino o dedicou aos pesquisadores Kadidja Oliveira e Antonio Venancio e a todos que trabalham na preservação da cultura de Brasília.
“É uma sensação maravilhosa receber estes prêmios, uma emoção grande. Estou com muitas saudades da minha equipe maravilhosa, com quem vivi aventuras e loucuras durante a produção e na pós. Este filme aconteceu por causa deles e por todos aqueles que trabalham na preservação de nossa cultura. Sem material de arquivo, a nossa história não poderia ser transmitida”, destacou Lino.
Candango é coproduzido pelo Metrópoles com a Ligocki Entretenimento. O longa já foi exibido em outros eventos importantes, como na 44ª Mostra São Paulo, no Los Angeles Brazilian Film Festival e no Festival Internacional de Cinema de Arquivo. Em 2021, chegará ao Buenos Aires International Film Festival.
