O Debate, filme que marca a estreia de Caio Blat como diretor de cinema, estreou na última quinta-feira (25/8). O artista explorou temáticas sensíveis e relacionadas com a política na produção, baseado no livro homônimo ao longa-metragem.
“A gente fez esse filme porque a gente acredita que pode se conversar com civilidade, com educação, com respeito a posição do outro. Acho que a gente fez esse filme acreditando que o país pode parar de trocar agressões e voltar a conversar sobre os temas que realmente importam”, conta Blat.
“É uma defesa da verdade. O filme faz uma grande defesa do jornalismo sério, do jornalismo investigativo, da informação bem verificada, uma campanha contra fake news, é um grande elogio ao trabalho sério do jornalismo”, completa Blat.
Em pouco mais de uma hora, o diretor trouxe reflexões sobre amor, liberdade, política, democracia, jornalismo e também sobre a vida do país nos últimos anos, abordando temas como monogamia, sexo, desejo, ciúme, ética e ideologia.
“O país está passando por uma crise econômica, muito desemprego, tem gente passando fome no Brasil novamente… esses são os assuntos que importam e nós estamos aqui debatendo urna eletrônica, que é uma coisa que todo mundo sabe que funciona. Temos que trazer o debate de volta para o campo racional, das necessidades do país, saindo do sensacionalismo, polarização e agressão”, avalia o artista.
Estrelado por Debora Bloch e Paulo Betti, que interpretam os jornalistas Paula e Marcos, o filme O Debate simula um futuro último debate presidencial antes do segundo turno das eleições de 2022. As gravações foram realizadas em menos de dois meses e contou com grande esforço do coletivo de artistas envolvidos.
“O filme é um coletivo, que todo mundo pensou e esquematizou junto. Fiquei muito feliz com o resultado final, foi uma experiência muito radical. Tive que ter muita urgência e muito planejamento para filmar tudo em pouco tempo. Foi um desafio muito grande, um grande aprendizado”, revela Caio Blat.
Ver essa foto no Instagram
