Morreu, nesta quinta-feira (16/1), o aclamado diretor e roteirista David Lynch, conhecido mundialmente por trazer uma visão artística sombria e surrealista em filmes e séries como Blue Velvet e Twin Peaks. Ele revelou, em agosto de 2024, o diagnóstico de enfisema, após fumar por quase toda a sua vida.
Lynch chamou atenção no cenário cinematográfico ao mesclar elementos do filmes de horror, com a estética noir e um surrealismo europeu clássico. O maior destaque da carreira foi a série Twin Peaks (1990–1991), considerada até hoje como uma das mais inovadoras e revolucionárias da TV.
Carreira de sucesso
Lynch estreou no cinema em 1997, com a obra Eraserhead e se manteve no mundo do cinema, trabalhando em um nome por si. Foi em 1980 quando conquistou sua primeira indicação ao Oscar pelo filme O Homem Elefante, que chegou a ser indicado em cinco das categorias principais da premiação mas não venceu nenhuma delas.
Em 1984, Lynch dirigiu a primeira adaptação cinematográfica do famoso livro de Frank Herbert, Duna. Na época, o filme foi considerado um fracasso, com várias críticas negativas de fãs e da mídia.
Outro grande marco da carreira foi o filme Blue Velvet, ou Veludo Azul, em 1986, que se tornou um clássico na visão dos amantes de cinema. Com estética única, Lynch se consagrou no universo dos cinemas nos anos que se seguiram com as obras Estrada Perdida (1997), Cidade dos Sonhos (2001) e Império dos Sonhos (2006), seu último trabalho de direção no cinema.
Em 2017, ele participou do projeto que retornou a trama de Twin Peaks e contou com o roteiro e direção de Lynch. Com 18 episódios, a série foi novamente aclamada pelo público e pela crítica.
Ele apareceu pela última vez nas telas de cinema em Os Fabelmans, dirigido por Steven Spielberg, interpretando John Ford, nome por trás de grandes clássicos do cinema, em uma breve cena.
