As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro continuaram as apresentações na Sapucaí nesta segunda-feira (3/3), entrando pela madrugada de terça-feira (4/3).
Os desfiles começaram às 22h, com a Unidos da Tijuca, contemplaram Beija-Flor e Salgueiro e terminaram com a Vila Isabel.
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Neste ano, o Grupo Especial do Carnaval carioca desfilará com um novo tempo de apresentação. A partir de 2025, as escolas terão entre 70 e 80 minutos para cruzar a avenida — um aumento em relação ao antigo limite, que variava de 60 a 70 minutos.
Veja como foram os desfiles das escolas de samba no segundo dia!
Unidos da Tijuca

Com samba-enredo que teve composição da cantora Anitta, a Unidos da Tijuca iniciou os desfiles do segundo dia cantando sobre o orixá Logun Edé na Sapucaí.
A bateria da escola de samba, em mais um ano, foi o destaque. As primeiras alegorias e carros da azul e amarela chamaram atenção, mas o mesmo não foi visto nos componentes seguintes.
Também foram vistos alguns buracos na avenida, que podem acarretar pontos no quesito evolução. Além disso, o led presente no carro da comissão de frente apresentou falhas durante o desfile. Apesar disso, foi um desfile correto, completado dentro do tempo previsto.
Vale lembrar que a Unidos da Tijuca desfilou sem rainha de bateria neste ano em respeito à Lexa, cantora que tem o posto mas não desfilou porque o filho morreu recentemente.
Beija-Flor

A Beija-Flor de Nilópolis está na avenida com a despedida de Neguinho da Beija-Flor. O samba-enredo da escola de samba foi Laíla de Todos os Santos e reconheceu o trabalho feito pelo diretor de carnaval Laíla, que morreu em 2021.
Imponente, o samba de refrão fácil embalou o público presente na Sapucaí, com direito a “paradona” da bateria na avenida para os foliões cantarem o enredo.
Bonita do abre-alas ao carro final, o desfile da Beija-Flor deve garantir, no mínimo, a escola de samba no Desfile das Campeãs. Alguns detalhes em carros alegóricos e a evolução podem fazer a diferença na pontuação final, mas foi um desfile sem erros graves e que coroou a emocionante despedida de Neguinho.
Salgueiro

Bem colorido, o Salgueiro se apresentou com um samba que mergulhou nas crenças africanas, práticas indígenas e elementos da cultura popular carioca e apostou até mesmo na fé e superstição para buscar o título no Carnaval 2025.
Um fato que chamou a atenção no desfile foi a presença do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira desfilando duas vezes. Atendendo ao pedido da entidade Zé Pelintra, que foi consultada pela escola, o primeiro casal retornou para se apresentar também no último carro.
Alguns problemas de definição e acabamento nos carros e alegorias ficaram visíveis para quem estava no sambódromo. O samba estava lindo e apresentou uma temática interessante, mas não tinha um enredo definido. Tais fatos podem prejudicar a escola na apuração dos jurados.
Por conta de dificuldades do carro abre alas na saída da Sapucaí, parecia que a agremiação teria problemas com a evolução, mas o desfile correu bem, com alegria dos integrantes em todas as alas, e o Salgueiro fechou dentro do tempo previsto.
Vila Isabel

A Vila Isabel prometeu e entregou um enredo diferente, divertido e assombroso sobre seres fantásticos, comandado pelo carnavalesco Paulo Barros.
Apesar do reconhecido bom trabalho, Paulo Barros não entregou muitas inovações no desfile deste ano e tentou repetir movimentos e atrações que deram certo em Carnavais passado.
As maquiagens caprichadas, principalmente na bateria que teve como Rainha a apresentadora Sabrina Sato, e os carros alegóricos bem produzidos foram os destaques do desfile.
A comissão de frente contou com um drone que apresentou problemas durante o desfile. O casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira também encontrou dificuldades na avenida. A evolução, por outro lado, foi positiva e a Vila Isabel cruzou a Sapucaí brincando, com tranquilidade.