Ajude seu cérebro a aprender esclarecendo algumas dúvidas

Será que estudar horas a fio fará um aluno compreender um conteúdo? Será que perder uma noite estudando vai ajudá-lo de alguma forma? Será que estudar todo o conteúdo em um fim de semana é eficiente? Qual o papel do cérebro diante de novas informações? Antes de explorarmos algumas técnicas de estudo, essas questões devem […]

atualizado 09/04/2019 23:26

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Ilustração mostra o cérebro humano em contraste de luzes brancas Svisio, Istock

Será que estudar horas a fio fará um aluno compreender um conteúdo? Será que perder uma noite estudando vai ajudá-lo de alguma forma? Será que estudar todo o conteúdo em um fim de semana é eficiente? Qual o papel do cérebro diante de novas informações? Antes de explorarmos algumas técnicas de estudo, essas questões devem ser esclarecidas.

Córtex do cérebro
O córtex do cérebro é a região responsável por transformar estímulos recebidos em aprendizado. A neurocientista Marta Pires Relvas ensina que os estímulos que atingem o córtex são interpretados com base nas nossas vivências anteriores, são decodificados e, finalmente, compreendidos.

Quando o cérebro recebe algo que nunca viu, não conseguirá reconhecer a informação, mas está aberto e pronto para aprender. A memória vai reter este estímulo novo, associá-lo a informações distintas, mas que possam ter alguma conexão com ele e, dessa maneira, começar a aprender e entender a novidade.

Para que isso aconteça, todo o cérebro tem que estar funcionando a todo vapor – funções nervosas da memória, da inteligência e do raciocínio.

O aluno que apenas assiste à aula e ouve as explicações do conteúdo sem estabelecer uma dialética, não irá aprender. O cérebro entenderá: “Isso não é importante, vou ignorar essa informação”.

Objetivamente: assistir à aula não é estudar. Ao chegar em casa, o aluno deve ler, rabiscar, marcar em seu caderno e/ou livro as informações mais importantes, pesquisar, assistir a videoaulas. Essas atitudes farão com que as informações sejam passadas para o córtex do cérebro. O aluno está demonstrando interesse e está atento, assim, o córtex transforma estes estímulos em aprendizado.

Estudo ativo
Da mesma forma que assistir à aula não é estudar, apenas ler também não é. O aluno deve estudar ativamente, sempre desenvolvendo anotações, resumos, desenhos, mapas mentais. Não esquecendo de considerar o perfil de aprendizagem do aluno. Falamos sobre este tema neste espaço na última coluna.

Quando o aluno estimula várias regiões do córtex de uma só vez, mais estímulos ocorrerão naquele momento e isso impulsionará muitas conexões sinápticas. Resumindo: o aluno aprenderá muito mais.

Passe as informações do Sistema Límbico para o córtex
O cérebro, durante o sono, “limpa” a memória de curto prazo, que fica no sistema límbico, a fim de “abrir espaço” para as informações que virão no dia seguinte. Apenas aqueles dados que seu cérebro interpreta como mais importantes serão direcionados, também durante o sono, para o córtex, onde se localiza a memória de longo prazo. Dica de ouro: aluno que estuda sempre antes de dormir sinaliza ao cérebro que aquela informação vista vale a pena ser guardada.

Revise, revise e revise
Mesmo que os dados já se encontrem na memória de longo prazo, eles serão deletados em caso de desuso. Para que que esse efeito seja amenizado, realize revisões periódicas. Entenda a Curva do Esquecimento para saber os melhores dias de se revisar. Criada pelo psicólogo Hermann Ebbinghaus, a Curva do Esquecimento indica quanto de informação é perdida ao decorrer dos dias pelo nosso cérebro.

Apenas nas primeiras 24 horas do dia, cerca de 35% do que foi aprendido são descartados. Sete dias depois, mais 25% e, em 30 dias, 97% do que você estudou não estarão mais disponíveis na sua memória. Então o que fazer? Revisar exatamente em cima desses períodos: primeira revisão antes de 24 horas, a segunda com sete dias, a terceira com 15 e 30 dias. Posteriormente, revisar mensalmente os assuntos estudados.

Escada da Inteligência de Pierluigi Piazzi
Essa escada é uma metáfora correspondente ao nosso desenvolvimento intelectual. Como em qualquer escada, podemos subir ou descer degraus. Isso quer dizer que é possível se tornar mais ou menos inteligente, o que irá ditar o caminho é a maneira com que estudamos.

Se você é uma pessoa que estuda ativamente, dorme uma boa quantidade de horas por dia e sempre realizada revisões organizadas, com certeza irá subir degraus na escada. Contudo, se continuar sendo aluno que apenas recebe as informações passivamente e não se dedica com revisões estruturadas, além de não subir você pode descer degraus.

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