O professor de educação física da rede pública Cláudio Álvares passou momentos de desespero na tarde de sexta-feira (15/1), quando sua cadela, a filhote Gatai, de 8 meses, foi morta com dois tiros. Ele diz que os responsáveis são policiais civis.
O docente estava em casa por volta das 17h, quando escutou um barulho no portão do seu terreno. Ele mora no condomínio Privê Lago Norte II. Cláudio saiu para verificar o que estava acontecendo e os animais correram na frente.
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“Eu só escutei dois tiros. Aqui é como um morro, não dava para ver o que tinha acontecido. Achei que eram bandidos e voltei desesperadamente para chamar a minha esposa”, conta Cláudio.
Depois que a situação se acalmou, o professor decidiu verificar quem estava em sua propriedade, e se surpreendeu ao ver agentes da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), da Polícia Civil e servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Quando viu que se tratava de policiais e não de bandidos, o professor se acalmou, mas continuou gravando. Ele ainda estava desconfiado por não ver a sua cachorra por perto. Em vários momentos questiona: “Vocês não atiraram na minha cachorra, né?”. Os agentes apenas pedem que ele traga a documentação do lote.
Quando Cláudio percebe que os policiais dispararam em Gatai, se desespera. O professor começa a gritar, a chorar, e os agentes não respondem o motivo pelo qual teriam matado a cachorra.
“Despreparo”
Para o professor de educação física, os representantes da PCDF e do ICMBio agiram com total despreparo na abordagem à sua casa. “Para começar, eles nem trouxeram mandado para entrar na minha propriedade, mas mesmo assim invadiram chutando o portão”, acusa.
“Ninguém sabe explicar, nem o delegado sabia o que tinha acontecido. Ele pediu desculpas na hora, para tentar consertar a merda que tinha acontecido, mas não tem justificativa”, protesta Cláudio.
O motivo da ação, segundo o docente, é que o Privê do Lago Norte II ainda não é regularizado. No entanto, continua o professor, o condomínio teria uma liminar autorizando a ocupação dos moradores.
“Eles não podem fazer nada com nenhum dos moradores a não ser que notifiquem por escrito antes de qualquer operação”, explicou Cláudio.