Depois da falta de gasolina para abastecer as ambulâncias, agora o atraso no pagamento de horas-extras dos motoristas é que está afetando o serviço prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Emergência do Distrito Federal (Samu-DF). Os condutores estão sem receber os valores desde agosto de 2016 e, por conta disso, deixaram de fazer horas-extras.
A Secretaria de Saúde informa que, das 38 viaturas do Samu, oito estão paradas porque os motoristas devolveram as horas-extras. Destas, seis são de suporte básico e duas de suporte avançado. Para tentar sanar o problema, a pasta destaca, por meio de nota, que “trabalha para quitar os débitos de mês de agosto de 2016 ainda na primeira quinzena deste ano”.
Ele também diz que, caso todos devolvam as horas-extras, cerca de 40% do atendimento realizado diariamente pelo Samu seria comprometido e algumas cidades ficariam sem o serviço. Também condutor, Ronaldo Macário, 36 anos, afirma que se sente desestimulado. “Como vamos atender a população da forma que ela merece se estamos com nossas vidas particulares bagunçadas? Querendo ou não, isso vai refletir no trabalho. Trabalhamos com vidas, não podemos errar. Se erramos, não tem como voltar atrás”, desabafa.