Do noite para o dia, o preço do litro da gasolina aumentou mais de 60 centavos nas bombas dos postos do Distrito Federal. O combustível, que era encontrado em alguns locais por R$ 5,95 na noite dessa quarta-feira (15/1), passou a custar R$ 6,59 na manhã desta quinta (16/1).
Os preços dos litros do etanol e diesel aumentaram para valores próximos de R$ 4,59 e R$ 5,99, respectivamente.
Segundo o Painel Dinâmico de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 5 de janeiro de 2025, o preço médio do litro da gasolina nos postos brasilienses era de R$ 6,04. Ou seja: em 10 dias, o preço médio aumentou 55 centavos, ou 9,1%.
Justificativas
De acordo com o presidente Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicombustíveis-DF), Paulo Roberto Tavares, o novo preço é resultado da alta do etanol anidro.
“Nos últimos três meses, o etanol anidro, misturado com a gasolina, vem subindo. Foram R$ 0,50. Isso impactou as distribuidoras, e elas repassaram para os postos”, explicou.
No caso do diesel, segundo Tavares, a alta é reflexo do aumento do biodiesel, resultado de pressões do mercado internacional e o avanço do preço do dólar.
Por parte da Petrobras, o último reajuste de preço de venda de gasolina para distribuidoras aconteceu em 9 de julho do ano passado. Na ocasião, o preço do litro para as distribuidoras passou a ser, em média, de R$ 3,01, um aumento de R$ 0,20 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,20/litro, uma variação de R$ 0,15 a cada litro de gasolina C”, disse a empresa à época.
Novo aumento previsto
A partir de 1º de fevereiro de 2025, o preço do litro da gasolina terá um novo aumento automático, de R$ 0,10.
As alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ficaram definidas em R$ 1,47 por litro de gasolina e etanol, bem como em R$ 1,12 por litro de diesel e biodiesel.
O aumento no ICMS havia sido aprovado em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em 30 de novembro de 2024. O valor atualizado é o mesmo para todas as unidades da Federação.
Para Tavares, o aumento do ICMS é resultado da decisão dos governadores. O reajuste não passa pelas câmaras municipais e depende da aprovação unânime das unidades da Federação.
