Se o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tivesse que escolher entre o copo meio cheio ou meio vazio, com certeza seria a metade cheia. Foi com esse mesmo otimismo que ele comentou, nesta quarta-feira (6/4), a pesquisa de opinião que mostra que 68,5% dos brasilienses desaprovam a sua gestão. “Podemos olhar pelo outro lado. O estudo mostra que três em cada 10 aprovam o meu governo”, afirmou.
Levantamento realizado pela Paraná Pesquisas ouviu 1.281 pessoas no período de 1º a 3 de abril, e foi divulgado pelo Metrópoles. Ele aponta que sete em cada 10 dos entrevistados não concordam com a administração do socialista. Os mais insatisfeitos são os brasilienses com idade entre 35 e 44 anos.Ainda segundo o levantamento, mais da metade das pessoas entrevistadas (51,4%) afirmou que o governo está pior do que imaginavam. Uma fatia de 36,3% disse que está igual ao que esperavam. Apenas 9,2% avaliam que a gestão é melhor do que ansiavam.
Para Rollemberg, seu mandato ainda está no início, e ele ainda tem muito pela frente para reverter a opinião dos moradores do Distrito Federal. “A prova está só começando. Estamos em 1/3 do teste e a última nota só será dada no fim do governo. Estamos no momento mais difícil da história de Brasília e do Brasil. Fizemos um esforço grande no primeiro ano para equilibrar as contas, sabíamos que isso ia impactar na imagem do governo”, destacou.
O socialista aposta na melhora de sua imagem nos próximos meses: “Temos um conjunto de coisas que estão sendo realizadas, que serão frutificadas. Elas vão melhorar a qualidade de vida da população e, consequentemente, a imagem do governo”, apostou Rollemberg, durante agenda em uma escola do Riacho Fundo para divulgar ações contra o mosquito Aedes Aegypti.
A pesquisa revelou também que para 32,7% dos entrevistados, Joaquim Roriz foi o melhor gestor que o DF já teve. Em segundo lugar, vem José Roberto Arruda, com 25,7% da preferência.
Dengue e microcefalia
A atividade desta manhã integra a Semana da Família na Escola — programa do Ministério da Educação destinado a incentivar a participação da população na vida escolar. Mobilização faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia.
O governador reforçou a necessidade de unir forças para o enfrentamento ao mosquito causador da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. “Estamos empenhando um esforço gigantesco para comprar produtos e equipamentos de combate ao inseto, mas as pessoas não podem deixar de fazer a sua parte.”
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que a erradicação do mosquito tornou-se um desafio mundial, pois está presente em mais de 100 países. Castro ressaltou a prevenção como medida mais viável no momento: “Estamos buscando vacinas e tratamentos, mas isso demanda pesquisa e tempo. Não é imediato”.
