Parada do Orgulho LGBTS movimenta Brasília neste domingo

Cerca de 15 mil pessoas participaram do evento, segundo a Polícia Militar. O tema foi “Religião não se impõe. Cidadania se respeita"

atualizado 26/06/2017 7:04

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Giovanna Bembom/Metrópoles

Com bandeiras, fantasias e símbolos de protesto, milhares de pessoas participaram, neste domingo (25/6), da 20ª Parada do Orgulho LGBTS. O evento reuniu lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e simpatizantes e encampou o tema “Religião não se impõe. Cidadania se respeita”. Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas compareceram à manifestação.

A marcha começou por volta das 17h30 no Congresso Nacional, passou pela Rodoviária; pelo Palácio do Buriti; pelo Memorial Juscelino Kubitschek e retornou para a Fundação Nacional de Artes (Funarte), onde o evento foi encerrado. Dois trios elétricos conduziram os manifestantes.

Organizador da parada há 15 anos, Welton Trindade ponderou sobre a importância de discutir o Estado laico frente aos diferentes tipos de preconceito e cerceamento de direitos que sofrem frequentemente. “Grande parte do preconceito que sofremos nos espaços políticos tem como base a aplicação de conceitos religiosos da política, que o Estado seguiu, o que é um absurdo. Estado, política, não é lugar de religião. O Estado é laico”, avaliou.

Para Henrique Aragão, 32 anos, também organizador do evento, a parada é um momento importante de afirmação de direitos e formação de identidades. “As pessoas precisam ir para as ruas. Elas podem defender os direitos da população LGBTS e lutar para ampliá-los”. Ele comentou a regulamentação da lei contra homofobia, assinada pelo governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), na última semana. “É importante porque é uma punição para a discriminação. Ela não é plena, mas já é um passo”, afirmou.

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A previsão da organização é que 50 mil passem pelo local
Policiais da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação também marcaram presença no evento
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Bocadim de TudoO arraiá LGBT vem para quebrar paradigmas e trazer comidas típicas (também em versão vegana). Shows ao vivo e DJs locais animam o evento.Na Funarte (Eixo Monumental), às 17h. Entrada Franca

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A previsão da organização é que 50 mil passem pelo local

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Policiais da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação também marcaram presença no evento

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O episódio foi um "gatilho" para mobilizações que reuniram milhares de pessoas na cidade de Nova York conta a violência

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Luta pela igualdade
O clima de liberdade e descontração tomou a Esplanada dos Ministérios. Em sua 5ª parada, Rafaela Martins, de 21 anos, comemorou ao lado da amiga Monique Bandeira, 27, a oportunidade de se expressar e lutar pela igualdade. “Aqui nós nos sentimos livres. Ainda há muito preconceito no Brasil e precisamos nos soltar de vez em quando. Também é uma ótima oportunidade para o mundo todo ver que não estamos sozinhas”, ressaltou.

Com 19 paradas na bagagem, Márcio Carlos, de 37 anos, fez questão de comparecer à 20ª edição do evento. Ele foi acompanhado de dois estreantes: os amigos Davi e Dafne, ambos de 18 anos. “Eu sou um ativista e luto porque nós somos muito reprimidos. Luto para que tenhamos uma vida mais digna, porque somos pessoas dignas”, defendeu.

As amigas Ana Luiza Félix e Lorena Albuquerque, de 22 anos, também defenderam a importância da manifestação e da luta pelos direitos. “Sou completamente assumida. Já tenho o apoio da minha família e dos meus amigos e acho importante todo mundo vir, se mostrar, ter um momento seu, para dizer: ‘Tenho orgulho de quem eu sou’”, cravou Ana Luiza.

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Márcio Carlos, de 37 anos (ao centro, de óculos), está em sua 20ª parada
Lorena Albuquerque e Ana Luiza Félix, de 22 anos
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Rafaela Martins, de 21 anos, ao lado da amiga Monique Bandeira, 27

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Márcio Carlos, de 37 anos (ao centro, de óculos), está em sua 20ª parada

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Lorena Albuquerque e Ana Luiza Félix, de 22 anos

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“Religião não se impõe”
A organização da parada afirmou que a edição deste ano seria diferente das anteriores. Além da marcha, a programação da parada incluía mostra fotográfica na Estação Central do metrô com LGBTs que seguem diferentes religiões, entrega de prêmio de direitos humanos LGBT no tradicional Cine Brasília, seminário, mesas de debate e duas festas.

Responsável pela operação da Polícia Militar no local, o Major Gilmar Gabriel afirmou que 400 policiais foram mobilizados para acompanhar o evento.

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