O roteiro tradicional de um casamento todo mundo conhece. A entrada do noivo, seguido dos pais e padrinhos, precedem a entrada triunfal da noiva, tudo dentro de uma templo religioso com a presença dos convidados e amigos. No entanto, nem todos querem seguir o script e foi o que aconteceu com um casal do Distrito Federal que decidiu realizar a cerimônia a 2 mil metros de altura, a bordo de um balão nos céus da Chapada dos Veadeiros.
Chapada dos Veadeiros: saiba como viajar para o destino gastando pouco
Desde o pedido de casamento, o corretor de imóveis Alexandro Ribeiro e a arquiteta Amanda Martins queriam que a celebração fosse diferente. O casal bateu o martelo sobre o local nada comum por causa do hobby do noivo, que estuda fotografia nas horas vagas. “Um dia estava em uma pousada na Chapada e apareceu um balão enorme na frente, tirei foto e o resultado ficou lindo”, narra Alexandro.
Veja como ficaram as fotos de casamento de Alexandro e Amanda:
O registro feito pelas lentes do noivo terminou no convite de casamento, e quando ele estava decidindo com Amanda o local da cerimônia, o balão se revelou como a melhor opção. “Ela estava pesquisando possíveis locais e encontrou um ensaio no balão. Na hora, eu falei com ela: ‘No balão eu caso’. Aí a gente tomou a decisão”, explica o corretor de imóveis.
O que nem os noivos podiam imaginar é que a experiência seria tão incrível. “Foi uma coisa única mesmo, bem diferente. Bem marcante. Não esperava. Foi uma surpresa muito grande. Nunca tinha passeado de balão e ter essa experiência de voar primeira vez e celebrar nas alturas foi muito forte”, comemorou a noiva.
O roteiro nada convencional
A cerimônia nas alturas começou bem cedo, com o nascer do sol. Como explica Alexandro, não teve local marcado porque o piloto do balão precisava escolher o lugar mais seguro para a partida com base na força e direção do vento na hora da decolagem. Depois que o piloto encontrou um local propício na Chapada, os convidados foram acionados.
Foram selecionados para subir no balão, a mãe da noiva e a irmã do noivo, além da celebrante, do piloto, e de uma fotógrafa e um videomaker. No total, oito pessoas participaram da aventura.
No local de embarque, Alexandro ficou de costas esperando Amanda sair do carro. Pouco antes do encontro, os dois se comunicavam apenas por um rádio. Amanda, então, caminhou até ele e o tocou no ombro, para que ele pudesse virar e encarar a noiva.
“Ela tocou nas minhas costas e eu virei. Quando vi, não aguentei, a gente chorou, tiramos fotos e depois subimos, foi tudo cronometrado. Esperamos os primeiros minutos e depois de atingirmos mil metros de altitude começou a cerimônia”, contou o noivo. Na hora de fazer os votos, o balão chegou a 2 mil metros de altitude.
“Nosso voo durou mais que o normal e acabou que a gente atingiu uma altura fora do padrão, o piloto disse que nunca tinha chegado a 2 mil metros, nosso ouvido até deu uma estourada”, brincou Amanda. “Foi bem bacana, o céu estava bem limpo, estava tudo propício para um voo perfeito”, afirmou a noiva.
Conexão do casal
A conexão de Alexandro e Amanda pôde ser sentida por todos os presentes no casamento. A fotógrafa Renata Souza, responsável pelos cliques da cerimônia, conta que até esqueceu o medo de altura na hora de fotografar uma cerimônia tão especial.
“Estar ao lado da celebrante e poder ouvir a história deles contada por ela foi muito legal. Ela escolheu cada palavra perfeitamente e tornou todo aquele momento ainda mais incrível. Nos votos também não teve uma pessoa que estava lá que não se emocionou, nem mesmo o baloneiro”, lembrou Renata.
A fotógrafa precisou lidar com a dificuldade de fotografar com pouco espaço e ângulos a se explorar, mas, segundo explica, isso não foi um problema. “Acredito que a conexão do casal entre si e também com o lugar escolhido foi muito intensa e no fim das contas se tornou uma das celebrações mais genuínas que registramos”, ponderou.
Depois de realizar a cerimônia nas alturas, o casal fez a cerimônia tradicional, com padrinhos, parentes e convidados em terra, mas dessa vez no pôr do sol. “Se a gente não faz isso, a família mata a gente”, brincou Alexandro. “Foi um ciclo completo, do nascer ao pôr do sol. Do alto, nós vimos o local onde seria nossa cerimônia no fim do dia. Foi muito forte. Até agora estou sem acreditar no que a gente viveu”, festejou a noiva.
Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
