Os bastidores da cobertura policial de um jeito que você nunca viu

Quem é o “Especialista”, líder do PCC que comandava “Núcleo Sinaloa”

Considerado um dos chefes do PCC mais perigosos da facção, Especialista é alvo de um pedido de extradição feito pela Polícia Federal

atualizado 28/03/2025 9:16

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Homem sendo preso Reprodução

Um dos núcleos investigados pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), no âmbito da Operação Chiusura, envolve o megatraficante Thiago Gabriel Martins da Silva, o “Especialista do PCC”, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e seus familiares.

A megaoperação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nas primeiras horas desta sexta-feira (28/3), desmantelou um esquema que chegou a utilizar uma fintech sediada em São Paulo para movimentar cerca de R$ 300 milhões em apenas três meses.

Preso na preso na Bolívia desde 2023, ocasião em que foi capturado com granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína, o faccionado segue movimentando o milionário mercado do tráfico internacional de cocaína.

As investigações apontam que familiares do traficante, residentes em Mato Grosso do Sul, são utilizados como testas de ferro, figurando como beneficiários de valores provenientes de traficantes do DF.

Veja imagens da operação:

8 imagens
que comandava o 'núcle foi alvo da PCDF;o Goiás'
celulares e outros materiais apreendidos
durante a prisão casal que comandava
Apreensão de cocaína
em uma casa localizada em Samambaia
1 de 8

Apreensão no apartamento do casal

Material cedido ao Metrópoles
2 de 8

que comandava o 'núcle foi alvo da PCDF;o Goiás'

Material cedido ao Metrópoles
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celulares e outros materiais apreendidos

Material cedido ao Metrópoles
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durante a prisão casal que comandava

Material cedido ao Metrópoles
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Apreensão de cocaína

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em uma casa localizada em Samambaia

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pela PCDF

8 de 8

celulares e outros materiais apreendidos durante a prisão

Um desses familiares, identificado como suplente de vereador na cidade de Campo Grande (MS), ficou fora de circulação por aproximadamente dois meses, sendo seu reaparecimento público registrado apenas em janeiro de 2024.

A estrutura criminosa integrada pelos suspeitos é informalmente referida por membros de outros núcleos como pertencente ao “Núcleo Sinaloa”, numa alusão à facção criminosa mexicana que comanda o tráfico no país da América Central.

Alta periculosidade

Considerado um dos chefes do PCC mais perigosos da facção, Especialista é alvo de um pedido de extradição elaborado pelo Ministério da Justiça. Em dezembro do ano passado, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em La Paz, informações sobre o andamento do pedido de extradição do traficante.

As informações foram disponibilizadas pelo Poder Judiciário da Bolívia, país onde Especialista está preso desde agosto de 2023. Ele foi capturado durante uma operação policial contra traficantes no norte da Bolívia. Ao ser alcançado, Thiago portava munições de fuzil, carregava granadas e estava de colete à prova de balas.

Quando ainda estava no Brasil, o criminoso foi indiciado pelo assassinato do garagista Carlos Reis Medeiros de Jesus, conhecido como “Alma”.

O crime aconteceu no dia 30 de novembro de 2021, na Avenida Gunter Hans, no Bairro Jardim Centenário em Campo Grande. Conforme consta no processo, a investigação apontou que a vítima caiu em uma emboscada armada pelo faccinado. Ele teria atraído o garagista para a empresa dele sob promessa de pagamento de uma dívida.

Operação Chiusura

As investigações da PCDF identificaram uma estrutura criminosa altamente sofisticada e organizada, dividida em núcleos que operavam de forma coordenada no Distrito Federal e em diversos estados, incluindo Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul e regiões do Nordeste.

A rede adquiria drogas em áreas fronteiriças, assegurava o transporte seguro dos entorpecentes e distribuía as drogas no DF e em outros estados, além de realizar complexas operações de lavagem financeira.

Cerca de 450 policiais cumprem 19 mandados de prisão temporária e 80 de busca e apreensão, sendo aproximadamente 50 deles no DF, abrangendo as regiões de Planaltina, Sobradinho, Ceilândia, Paranoá, Gama, Guará, Taguatinga e São Sebastião. Outros mandados são cumpridos em Campo Grande (MS), São José (SC), Várzea Grande (MT), Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Luziânia, Formosa e Águas Lindas (GO), Parnamirim e Tibau do Sul (RN) e Maceió (AL).

A investigação da Draco também resultou no sequestro judicial de 17 veículos e sete imóveis, incluindo uma residência luxuosa em condomínio fechado, em Goiás. Dezenas de contas bancárias foram bloqueadas, incluindo as da empresa de fachada em São Paulo, que movimento R$ 300 milhões em três meses.

Os investigadores mapearam a inserção social dos criminosos em camadas da alta sociedade em várias capitais brasileiras, onde o alto poder aquisitivo é sinônimo de poder e influência.

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