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Principal fornecedor do PCC era amigo de doleiro alvo da Lava Jato

Antônio Joaquim da Mota é considerado um dos principais fornecedores de drogas do PCC. Ele abrigou Dario Messer, doleiro alvo da Lava Jato

atualizado 25/02/2024 13:57

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Imagem colorida de homens com camisa branca Material obtido pelo Metrópoles

O fazendeiro Antônio Joaquim da Mota, conhecido como “Tonho”, foi preso pela Polícia Federal (PF) nessa terça-feira (20/2) e é considerado um dos principais fornecedores de drogas para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Além da suposta ligação íntima com criminosos, o homem era amigo próximo de Dario Messer, conhecido como o “doleiro dos doleiros”, e alvo da Operação Lava Jato. Uma investigação da PF aponta que o doleiro chegou a ser abrigado em um dos imóveis da família Mota na cidade de Pedro Juan Caballero, Paraguai.

Dario Messer chegou, inclusive, a comemorar um aniversário junto com Antônio Mota e outros familiares. Consta em inquérito policial que o doleiro mantinha forte contato com o fazendeiro e possuía uma relação que supera os laços de amizade com os integrantes do clã Mota. A PF indica que o celular de Messer chegou a ser conectado na rede wi-fi Mota, entre maio e julho de 2018.

“Tonho” é pai de Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, conhecido como “Dom” ou “Motinha”, atualmente procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). As investigações da PF mostram que o jovem encaminhou para Dario Messer mensagens relacionadas à facilitação de confecção de documentos paraguaios. Também há indícios de que Antônio Mota ocultava mais de US$ 200 mil do doleiro.

Clã Mota

A Polícia Federal (PF) prendeu, na terça-feira (20/2), o pecuarista Antônio Joaquim da Mota, conhecido como “Tonho”, em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai.

O criminoso é apontado como líder de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas. O Clã Mota, segundo as investigações, é um dos principais fornecedores de drogas da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

O grupo atua na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A família dele ficou multimilionária por meio do envio de drogas para a Europa, segundo a PF.

Contra Antônio Joaquim, havia um mandado de prisão em aberto por diversos crimes, como posse e tráfico de arma de fogo e de drogas, além de organização criminosa. Ele era procurado desde dezembro último.

Em razão da periculosidade do preso e da possibilidade de tentativa de resgate dentro da unidade da PF em Ponta Porã, a ação contou com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS) no transporte aéreo da cidade para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

O doleiro dos doleiros

Em dezembro do ano passado, a Justiça do Paraguai determinou o confisco dos bens do doleiro Dario Messer, conhecido como “doleiro dos doleiros”, investigado por lavagem de dinheiro pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A decisão atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF), em cooperação com a Advocacia-Geral da União (AGU) e com o Ministério Público do Paraguai.

Messer é alvo de sete ações na Justiça Federal do Rio por ligações com as investigações envolvendo o ex-governador Sergio Cabral. Em 2020, fechou acordo de delação premiada com o MPF em após mais de quatro anos dado como foragido pelas justiças do Brasil e do Paraguai.

Em 2019, um acordo entre o Secretaria de Cooperação Internacional do (SCI) do Ministério Público brasileiro, o Ministério Público brasileiro do Paraguai e a Advocacia-Geral da União (AGU) tornou possível o bloqueio dos bens. Agora, as autoridades brasileiras darão seguimento à devolução dos valores. Messer, no entanto, ainda pode recorrer contra a medida, o que tornaria o prazo de restituição indeterminado.

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