Um grupo de estelionatários aplicou um golpe de R$ 2 milhões, passando-se por diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e lesando um empresário do ramo de agronegócio morador do Distrito Federal. Uma investigação da Polícia Civil (PCDF) prendeu três suspeitos integrantes da quadrilha; outros três são procurados.
A investigação, conduzida pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), começou no início deste ano. Os criminosos teriam s passado por integrantes da direção do BNDES e prometido à vítima um empréstimo de R$ 20 milhões com taxas de juros vantajosas.
As negociações com a vítima duraram quase dois meses e incluíram jantares em restaurantes da Asa Sul e do Lago Sul, onde ocorreu a entrega do dinheiro, em dezembro de 2022. Na manhã dessa segunda-feira (26/6), a 10ª DP deflagrou a Operação Fomento, para cumprir seis mandados de busca e apreensão, bem como três de prisão preventiva contra investigados.
A polícia cumpriu os mandados, expedidos pela 6ª Vara Criminal de Brasília, em Goiânia, onde moravam os estelionatários. Nos endereços dos investigados, as equipes encontraram cédulas de reais, dólares e euros, computadores, celulares, joias, além de diversos óculos e relógios de luxo, comprados com dinheiro do crime, segundo a corporação.
BNDES
Em nota, o banco informou que formalizou junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, em maio deste ano, denúncias de tentativas de golpes semelhantes a essa. “A iniciativa partiu justamente da identificação de 1.547 denúncias recebidas pela ouvidoria do BNDES, em 2022, sobre a atuação de pseudoconsultores, que estariam intermediando negócios junto ao BNDES forma irregular”, detalhou.
Na ocasião, o Ministério pediu prioridade para a Polícia Federal na análise e na investigação dos indícios desses tipos de fraudes. “O BNDES reafirma que não realiza operações por intermédio de pessoas físicas. Em caso de dúvidas ou denúncias, o cidadão pode procurar o BNDES pelo 0800-702-6337”, finaliza o banco.
