O Tribunal do Júri de Sobradinho condenou dois homens pela chacina em um acampamento cigano no Distrito Federal, em 2020. Um dos réus foi condenado a 60 anos de prisão e o outro, de 70 anos. Os nomes deles não foram divulgados.
A dupla foi condenada por três mortes ocorridas em assentamento de etnias ciganas, na Rota do Cavalo, em Sobradinho. Segundo a Polícia Civil (PCDF), um desentendimento após a venda de um veículo motivou o crime.
Segundo a investigação da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho I), responsável pelo caso, um grupo de São Sebastião teria sido atraído para o assentamento cigano para quitar uma dívida na compra do carro.
Os policiais descobriram que um dos membros do grupo teria comprado um carro dos ciganos, o qual estava adulterado, e acabou sendo preso por isso.
Ao sair da prisão, foi cobrar o valor do veículo, orçado em R$ 12 mil à época. Os ciganos marcaram encontro em fevereiro de 2020. A reunião culminou em um conflito sangrento.
Confronto
“Houve um confronto entre os grupos em que três membros de São Sebastião morreram no local, dois ficaram feridos e um conseguiu fugir sem ser atingido”, explica o delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado.
Durante o confronto, um membro do grupo cigano também veio a óbito e dois ficaram feridos. Os dois grupos foram submetidos a júri popular, em processos separados.
Nesta terça-feira, dois membros do grupo dos ciganos foram condenados. Em outro julgamento anterior, um dos indivíduos do grupo de São Sebastião foi condenado a 22 anos e 9 meses de reclusão.