Justiça manda Ibama afastar servidora suspeita de tráfico de animais no DF

Ela teria liberado licenças de forma ilegal para coleta e transporte de serpentes em território brasileiro

atualizado 24/07/2020 6:45

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Naja no Zoo de Brasília Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília

Uma decisão da 9ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Distrito Federal mandou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), afastar do órgão, na quarta-feira (22/7), mais uma servidora por suspeita de liberar licenças para pessoas criarem animais silvestres na capital do país.

Informações sobre a servidora dão conta de que Adriana da Silva Mascarenhas já foi coordenadora do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e expediu licença de coleta, captura e transporte de serpentes que não pertencem à fauna brasileira.

Trecho da decisão diz que há fortes indícios de seu envolvimento com fatos investigados relacionados à organização de tráfico internacional de animais silvestres, bem como de prática de ato de improbidade na emissão de licenças para transporte de animais.

Ainda de acordo com o juiz, a servidora deve ser afastada, já que tem acesso autorizado às dependências do Ibama, “o que pode interferir na apuração dos fatos e no levantamento probatório”.

Em nota, o Ibama informou ter entrado com pedido na Justiça para afastamento cautelar de servidora, exatamente pelos fortes indícios de envolvimento em tráfico de animais silvestres e improbidade administrativa.

“Com a decisão proferida hoje (quarta) pelo juiz em favor do Ibama, até que o caso seja esclarecido, tanto pela polícia quanto pelo órgão ambiental em seu processo administrativo disciplinar, a servidora não poderá exercer funções, nem acessar dependências físicas da instituição”, diz o comunicado.

Veja a decisão:

Justiça Federal do Distrito Federal pede para Ibama afastar servidora suspeita de tráfico internacional de… by Metropoles on Scribd

Também na quarta-feira (22/7), Gabriel Ribeiro, estudante de medicina veterinária e amigo de Pedro Krambeck, o jovem picado pela Naja kaouthia que criava em casa, no Guará, foi preso. É mais um desdobramento da Operação Snake, que investiga um possível esquema de tráfico ilegal de animais no DF.

Ele foi transferido para  a carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal, no Departamento de Polícia Especializada, no Parque da Cidade, por volta das 15h30. Durante a operação na casa de Gabriel, agentes da PCDF encontraram licenças emitidas pelo Ibama, com o nome da servidora afastada.

Um dos documentos é de 12 de fevereiro de 2019. As licenças autorizam a coleta, captura e transporte de animais. Adriana teria expedida pelo menos outras duas, que são alvo de investigação. Uma para a amiga do namorado transportar dois papagaios e outra para a manicure, que tinha um mico-estrela.

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Licença teria sido expedida a Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro.
Policiais e fiscais do Ibama cumpriram busca e apreensão na casa do estudante de veterinária
PCDF deflagrou operação
Buscas foram feitas no Guará, Gama e Riacho Fundo
Delegado responsável pela investigação, William Andrade Ricardo
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Adriana é acusada de expedir licença irregular

Reprodução
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Licença teria sido expedida a Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Policiais e fiscais do Ibama cumpriram busca e apreensão na casa do estudante de veterinária

PCDF/Divulgação
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PCDF deflagrou operação

PCDF/Divulgação
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Buscas foram feitas no Guará, Gama e Riacho Fundo

PCDF/Divulgação
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Delegado responsável pela investigação, William Andrade Ricardo

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Nelson Júnior Soares Vasconcelos prestou depoimento na 14ª Delegacia de Polícia após uma corn snake ser apreendida na casa dele

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

Material Cedido ao Metrópoles
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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

Material Cedido ao Metrópoles
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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

Foto: Reprodução
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Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
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Brasil não tem soro para o animal

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
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Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
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Naja no Zoo

Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
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Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília

Ibama

Na última sexta-feira (17/7), outro servidor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) havia sido afastado suspeito de envolvimento com o caso do estudante de medicina veterinária Pedro Kambreck, 22 anos.

Lotado no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), o servidor será alvo de processo administrativo disciplinar interno. Não foi informada a identidade do funcionário.

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