O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que o incêndio que consome a Floresta Nacional (Flona) de Brasília tem indícios de ser criminoso. O chefe da Flona, Fábio dos Santos Miranda, afirmou que, por volta das 10h dessa terça-feira (3/9), um chacareiro da região informou às equipes que teria visto três pessoas na área onde tiveram início os focos de calor e, consequentemente, os incêndios.
“Essas pessoas se assustaram e deixaram a área quando começamos a perceber a sequência de focos de calor na Floresta Nacional. Nossa suspeita principal é de que o incêndio foi criminoso, propositadamente para colocar fogo na Flona”, afirmou Fábio dos Santos, na manhã desta quarta-feira (4/9).
A reportagem esteve na Flona de Brasília, na área atingida pelas chamas, e testemunhou a grave situação de perto. Imagens registradas pelo Metrópoles flagraram fogo alto e grandes colunas de fumaça na área.
O início do incêndio foi registrado por volta das 10h30 dessa terça-feira (3/9), às margens da BR-080, segundo o ICMBio, com ao menos três focos de calor detectados pelo instituto e pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF).
O registro foi verificado próximo à região do Incra 7, em Ceilândia (DF). Até as 18h, cerca de 1,2 mil hectares haviam sido consumidos pelas chamas – área equivalente a 1.680 campos de futebol.
Quinze brigadistas e servidores do ICMBio atuaram no combate ao fogo, com apoio de 10 combatentes do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e de 19 bombeiros.
Por volta das 23h, o CBMDF comunicou que, devido às condições inseguras para as equipes, “tendo em vista que o terreno é acidentado e há o risco de quedas de árvores”, o combate foi interrompido.
Os trabalhos foram retomados na manhã desta quarta-feira (4/9) e, como o incêndio ainda não foi controlado, a unidade de conservação segue fechada para visitação.