Após a exoneração de servidores da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) que faziam parte da equipe de Anderson Torres, o comando da pasta vai voltar ao time que organizou a posse presidencial. A afirmação foi dada pelo interventor federal da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, nesta terça-feira (10/1).
Segundo ele, a equipe que vai retornar aos postos “comandou com sucesso a operação de segurança da posse” de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O evento havia sido organizado por pessoas que estavam na SSP até dezembro de 2022, mas foram trocadas com a nomeação de Anderson Torres como secretário, em 2 de janeiro.
Exonerei hoje da Secretaria de Segurança Pública do DF todos os nomeados pelo Sr. Anderson Torres. Vamos procurar restabelecer no comando do órgão a equipe que comandou com sucesso a operação de segurança da posse do presidente @LulaOficial
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 11, 2023
Cappelli já havia criticado o Torres em outra publicação, mais cedo. “O que mudou do dia 1°, dia da posse do presidente Lula com uma operação de segurança exemplar, para o dia 8, dia dos inaceitáveis ataques à democracia? Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, assumiu a secretaria de segurança do DF no dia 2, exonerou a direção e viajou”, escreveu nas redes.
Ao todo, 13 servidores da Secretaria de Segurança Pública da capital perderam os cargos nesta terça, quando o interventor federal publicou as exonerações em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF).
Entre os nomes exonerados está o ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), Fábio Augusto Vieira. Ele foi preso também nesta terça, após determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes ainda ordenou a prisão de Torres, que está nos Estados Unidos. A PF fez busca e apreensão na casa do ex-ministro.
As exonerações ocorrem após a intervenção federal decretada pelo presidente Lula devido aos atos de vandalismo registrados nas sedes dos três Poderes no último domingo (8/1).
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da PMDF e entraram no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
