Justiça decreta prisão preventiva de bispo e padres do Entorno do DF

Juiz da 2ª Vara Criminal de Formosa acatou denúncia do Ministério Público contra os acusados, que agora passaram ser réus

atualizado 23/03/2018 13:43

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Simonny Santos/Especial para o Metrópoles

A Justiça decretou, nesta sexta-feira (23/3), a prisão preventiva de oito dos nove presos na Operação Caifás, que apura supostos desvios de dízimos e taxas de paróquias do Entorno do Distrito Federal. Entre os que ficaram encarcerados no presídio de Formosa, está dom José Ronaldo (foto em destaque), bispo da cidade. Eles também passaram a ser réus perante a 2ª Vara Criminal do município goiano. E responderão por associação criminosa, falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.

O único que não teve a preventiva decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Fernando Oliveira Samuel, é o secretário da Cúria, Guilherme Frederico Magalhães. O magistrado entendeu que ele não fazia parte do núcleo duro do esquema. Por esse motivo, não representava risco à investigação.

A preventiva foi pedida pelo Ministério Público de Goiás baseada em três aspectos: garantia da ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal e conveniência da instrução processual. Nas escutas, segundo os promotores, foi possível captar, por exemplo, um diálogo que apontava risco de fuga do bispo.

Reprodução

Dom José Ronaldo está no centro das denúncias. Ele seria o mentor do esquema criminoso, segundo os investigadores, que teria sido iniciado no Entorno em 2015. A defesa diz que os acusados negam as irregularidades e os recursos são “fruto de muito trabalho dos padres”.

De acordo com o juiz, “são inúmeros os diálogos transcritos, a partir das interceptações telefônicas, que apontam a possibilidade de o bispo de Formosa José Ronaldo, o monsenhor Epitácio Cardoso, e os padres Moacyr Santana e Mário Vieira de Brito terem desviado quantias vultosas que podem ter servido para comprar fazenda e casa lotérica em Posse (GO), além de despesas de cunho exclusivamente pessoal diretamente pelo bispo arcadas pela instituição.”

Entre as provas materiais apontadas pelo juiz para embasar o acolhimento da denúncia do MP estão R$ 75 mil achados na residência paroquial de Epitácio, de pelo menos 12 recibos que podem demonstrar a forma de atuação do grupo e declarações diversas apreendidas nos autos. “Ainda, constam nos autos o “Comunicado a Sociedade e ao Povo de Deus da Diocese de Formosa” e o “Relatório Contábil”, que aparentemente constam informações falsas sobre a contabilidade da Mitra Diocesana de Formosa”, destacou o magistrado da 2ª Vara Criminal de Formosa.

Os suspeitos foram presos durante a operação deflagrada na segunda (19), com o apoio da Polícia Civil de Goiás. A Justiça decretou a prisão temporária dos acusados, que vencia nesta sexta (23). Eles são acusados de desviar ao menos R$ 2 milhões de recursos da Igreja Católica.

Confira os crimes que os acusados vão responder na Justiça:

Bispo José Ronaldo Ribeiro: associação criminosa, falsidade ideológica e apropriação indébita

Monsenhor Epitácio Cardozo Pereira: apropriação indébita e associação criminosa

Darcivan da Conceição: associação criminosa e falsidade ideologia

Guilherme Frederico Magalhães: associação criminosa e apropriação indébita

Mário Vieira de Brito (padre): associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica

Thiago Wenceslau de Barros (juiz eclesiástico): associação criminosa e falsidade ideológica

Waldson José de Melo: apropriação indébita e associação criminosa

Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa (empresários apontados como laranjas no esquema): lavagem de dinheiro

 

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