Don Juan que dizia ser embaixador da ONU se casou com seis mulheres

O advogado Marcelo Henrique Morato Castilho, 34 anos, cruzou o país aplicando o golpe e deixou um rastro de prejuízos financeiros às vítimas

atualizado 08/12/2018 22:59

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Reprodução

Um homem que se passava por embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU) teria enganado pelo menos seis noivas no Brasil. Em um dos casos, chegou a simular um sequestro para fugir de uma cerimônia que seria realizada no Distrito Federal. O advogado Marcelo Henrique Morato Castilho, 34 anos, cruzou o país e deixou um rastro de prejuízos financeiros. Ele é investigado pela Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP).

O falso embaixador mantinha um escritório no Setor de Rádio e TV Sul, além de um flat no condomínio Lake Side, às margens do Lago Paranoá. O casamento, marcado para 9 de setembro de 2018, no Santuário Dom Bosco, na Asa Sul, jamais ocorreu. A noiva, uma profissional autônoma da área de saúde, de 44 anos, ficou com os prejuízos da cerimônia. Além dela, outras cinco vítimas foram identificadas – uma no Maranhão e quatro no interior de São Paulo.

O noivado foi interrompido por uma falsa comunicação de crime. “Ele me ligou dizendo que havia sido sequestrado mas que estava bem”, disse a mulher, que já havia fechado seu consultório no interior paulista e planejava se mudar para Brasília, onde moraria com Castilho. Para comprovar o suposto fato, o estelionatário enviou uma foto no qual estava ajoelhado de costas. Junto havia um bilhete com a ameaça: “Vai cata O Q Sobra dele. Só quero o $$”.

A mulher registrou ocorrência e solicitou ajuda da polícia, mas acabou descobrindo ser ela a vítima ao dar o nome do noivo aos agentes. “Soube de outros golpes por meio de uma denúncia na internet no fim de outubro deste ano. Disseram que ele tinha se casado na cidade de Balsas. Liguei no cartório e me confirmaram a informação. Foi uma sensação horrível pegar a certidão de casamento e isso só constatou que nunca houve uma intenção real comigo”, desabafou.

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Marcelo Castilho se faz passar por embaixador da ONU
A mulher ficou com uma série de prejuízos em razão do casamento cancelado
O estelionatário chegou a se casar de papel passado com uma professora que vive no Maranhão
A mulher recebeu uma foto falsa em que ele simulava um sequestro
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O golpista fez fotos para o álbum de casamento e depois tentou forjar um sequestro

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Marcelo Castilho se faz passar por embaixador da ONU

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A mulher ficou com uma série de prejuízos em razão do casamento cancelado

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O estelionatário chegou a se casar de papel passado com uma professora que vive no Maranhão

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A mulher recebeu uma foto falsa em que ele simulava um sequestro

Casamento no Maranhão
A autônoma começou a apurar o envolvimento de Marcelo com outras pessoas e descobriu que ele já havia se casado “de papel passado” com outras mulheres, entre elas uma professora maranhense de 25 anos, em fevereiro deste ano. Ao contrário das outras vítimas de Castilho, que possuem bens e dizem ter custeado parte da boa vida do homem, o caso no Maranhão foi diferente.

De origem humilde e com a promessa de que se tratava de procedimento para a concessão de um visto para ingressar em outro país, a professora assinou documentos em inglês antes mesmo do matrimônio, ocorrido em fevereiro e registrado no cartório da cidade. Ela conheceu o acusado em novembro do ano passado pela internet.

Há suspeitas de que os papéis poderiam ser usados em algum tipo de fraude envolvendo seguros. Ainda na lua de mel, Marcelo Castilho, que havia prometido vida de luxo à jovem, sumiu e nunca mais foi visto pela região. Além de deixar a nova esposa com os traumas do abandono, ele teria feito dívidas em nome dela.

Depoimento à polícia
Em 29 de novembro deste ano, o golpista, alvo de inquérito policial, prestou depoimento durante quatro horas no 1º Distrito Policial de Rio Preto. Ele negou ter aplicado golpes em mulheres, causando prejuízos financeiros a elas. O advogado conseguiu habeas corpus e responde em liberdade.

Outro ponto investigado é a acusação de que o advogado se apresentava como embaixador da ONU. Ele negou a informação à polícia e disse que exercia a função, mas pela Universal Peace Federation (UPF), entidade fundada pelo reverendo sul-coreano Sun Myung Moon.

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