Derrubada de jardim medicinal causa discórdia na Asa Norte

O espaço funcionava há mais de 20 anos em área verde do Bloco H da SQN 216, mas foi retirado, provocando polêmica

atualizado 26/04/2018 7:33

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JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

A destruição de um jardim medicinal no Bloco H da 216 Norte está causando polêmica na quadra. Segundo o síndico da prédio, Jader Almeida, a decisão de remover o espaço, que funciona há mais de 20 anos na área verde do edifício, foi aprovada por unanimidade em assembleia ocorrida em 22 de fevereiro. Mas alguns moradores negam a afirmação.

Entre eles, está o professor de línguas estrangeiras Max Lucich, 49 anos. Ele conta que cuidava do jardim regularmente e lamentou a remoção das mudas. O educador ainda rebateu a declaração dada pelo síndico. “É uma tristeza muito grande. Não teve unanimidade, pois estava lá e votei contra”, explica.

Segundo Max, foi prometida aos moradores uma revitalização do espaço, mas isso não aconteceu. Revoltado com a decisão, ele diz que “quem perde é a comunidade”, pois o jardim “unia todos em prol do cuidado e zelo pelo meio ambiente”.

Para ele, o momento mais complicado foi quando uma pitangueira de 15 anos de idade foi removida por funcionários do prédio. “Me senti impotente. Ver aquilo e não poder fazer nada me doeu como a perda de um filho”.

Jô Almeida, 44 anos, é uma das vizinhas de Max e também não foi a favor da retirada. Ela conta que o sentimento remanescente é de “impunidade e vazio”. “Ele [o síndico] não tem o direito de se apropriar do espaço. É público, e a comunidade desfrutava da horta a custo zero”.

Quando a reportagem chegou ao local, foi recebida pelo administrador do edifício, Jader Almeida. “Não era jardim, mas uma bagunça”, disse. Em uma ata entregue ao Metrópoles, é destacado que “a proposta foi aprovada por unanimidade pelos presentes”.

No documento, ainda é dito que, “em razão do abandono, de acumulação de objetos como cocos velhos, desorganização das plantas existentes, acúmulo de lixo e água, sujeitando os moradores aos riscos de epidemias, como por exemplo dengue, foi apresentada a proposta de transformar o espaço em jardim, reservando pequenos canteiros para plantas medicinais ou temperos, com extinção da comissão verde”.

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O espaço foi removido e algumas mudas foram jogadas no lixo do prédio
Pitangueira de 15 anos foi parar no descarte de entulho do edifício
Leguminosas e temperos eram cultivados no espaço
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Na imagem, é possível ver como funcionava o jardim medicinal antes da destruição

Material cedido ao Metrópoles
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O espaço foi removido e algumas mudas foram jogadas no lixo do prédio

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Pitangueira de 15 anos foi parar no descarte de entulho do edifício

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Leguminosas e temperos eram cultivados no espaço

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