O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) vai denunciar o hipnoterapeuta Gabriel Henrique de Azêvedo Veloso ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Ele é responsável pela promessa de “tratar” homossexualidade, na clínica Hipnoticus, localizada na Asa Sul.
O presidente do CRM-DF, Farid Buitrago Sánchez, disse que o hipnoterapeuta oferece atividades próprias da medicina sem ser médico. “Essa pessoa está exercendo a medicina de forma irregular e, portanto, será denunciado no Ministério Público por exercer atividades que são competência dos médicos”, informou.
Ainda segundo o presidente da entidade, “não existe a doença gay, portanto, não existe cura para uma suposta doença. O CRM informa que esse tipo de oferta só visa enganar as pessoas, estão enganando a população com uma suposta cura de uma doença que não existe”.
A clínica Hipnoticus já é investigada pela Polícia Civil do DF e pelo MPDFT. Além disso, o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-DF) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) emitiram notas de repúdio ao caso. Após as denúncias, a clínica suspendeu as demandas relacionadas à “cura gay”.
Entenda
No último sábado (7/11), o Metrópoles revelou que a clínica em Brasília prometia tratar a homossexualidade, em seis meses, com técnicas de hipnose. Segundo consta no site do estabelecimento, a hipnose é feita utilizando o método Psicoterapia Sem Falhas, usado pelo hipnoterapeuta Gabriel Henrique de Azevêdo Veloso. São oferecidas três opções de serviços: sessões com duração de quatro, seis e oito meses.
O hipnoterapeuta confirmou à reportagem que a clínica existe desde 2010. Sobre o “tratamento” para homossexualidade, ele afirmou que “há pessoas que não ficam satisfeitas com esse tipo de vida. Então, o tratamento é oferecido nessa perspectiva”.
Em uma parte do endereço eletrônico, sobre “como funciona a hipnose”, a empresa dizia que “a hipnose também é a única solução para mudar sua orientação sexual e te livrar da atração indesejada pelo mesmo sexo”. Após a publicação da primeira reportagem do Metrópoles sobre o caso, o empreendimento retirou a palavra “homossexualismo” da parte de serviços oferecidos no site.
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