O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) tornou pública a decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CRM-SP) de suspender a pena disciplinar de cassação do exercício profissional aplicada ao médico Eduardo Gomes de Azevedo, conhecido como o “médico das celebridades”.
A decisão aparece no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (5/8) e cumpre decisão proferida nos autos da apelação cível nº 0001974-61.2015.4.03.6100, em trâmite no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
A cassação do exercício profissional havia sido aplicada a Eduardo – CRM-SP 27337 e CRM-DF 9140 – nos autos do processo ético profissional nº 7.652-228/2007, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 15 de outubro de 2020.
O geriatra foi condenado pela Justiça de São Paulo a dois anos e sete meses de detenção por aplicar em seus clientes, entre eles políticos, empresários e apresentadores de TV, um “elixir da juventude” formado por medicamentos proibidos no país e de eficácia duvidosa.
O juiz da 25ª Vara Criminal de São Paulo, Marco Antônio Pinheiro Machado Cogan, condenou, em 9 de outubro, o dono da rede de clínicas de tratamento preventivo geriátrico Anna Aslan com base no código do consumidor.
O juiz sustentou que Eduardo Azevedo usava em seus tratamentos substâncias importadas proibidas no Brasil, entre elas a melatonina, cuja comercialização se tornou ilegal em outubro de 1995.
Segundo ele, o médico teria cometido outro delito: não alertar aos pacientes sobre possíveis efeitos colaterais da droga. O juiz ainda levou em consideração o fato de os medicamentos terem sido mantidos de forma inadequada e alguns não apresentarem rótulo.
Segundo consta no site do Conselho Federal de Medicina, os dez 10 onde Azevedo teve seu registro de médico cassado são: Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do DF.
