Covid faz expectativa de vida no DF cair até 3 anos, aponta UnB

Estudo vinculado à UnB fez um levantamento de dados de acordo com a mortalidade por região administrativa durante a pandemia

atualizado 09/02/2022 11:23

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Coronavirus Rodoviaria do plano piloto Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um estudo vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), o ObservaDF, aponta para a redução entre 1 e 3 anos na expectativa de vida do brasiliense devido os impactos da pandemia da Covid-19.

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Mulheres com maior poder aquisitivo passaram a ter expectativa de 83 anos, em 2021. Já as de baixa renda, aproximadamente, 76 anos. Para os homens moradores de regiões periféricas, o indicativo é de 69 anos — oito anos a menos dos que moram em áreas nobres.

Como a Covid age no organismo:

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19
No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia
Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações
Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas
A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença
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Os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19

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No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia

Andrea Piacquadio/Pexels
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Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações

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Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas

Microgen Images/Science Photo Library/GettyImages
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A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença

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Atualmente, ela se assemelha a um resfriado, com dores de cabeça, dor de garganta, coriza e febre, segundo um estudo de rastreamento de sintomas feito por cientistas do King's College London

Boy_Anupong/Getty Images
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A mudança no perfil dos sintomas é um desafio no controle da pandemia, uma vez que as pessoas podem associá-los a uma gripe comum e não respeitar a quarentena, aumentando a circulação viral

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Um estudo feito no Reino Unido, com 38 mil pessoas, mostrou que os sintomas da Covid-19 são diferentes entre homens e mulheres

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Enquanto eles costumam sentir mais falta de ar, fadiga, calafrios e febre, elas estão mais propensas a perder o olfato, sentir dor no peito e ter tosse persistente

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Os sintomas também mudam entre jovens e idosos. As pessoas com mais de 60 anos relatam diarreia com maior frequência, enquanto a perda de olfato é menos comum

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A maioria das pessoas infectadas que tomaram as duas doses da vacina sofre com sintomas considerados leves, como dor de cabeça, coriza, espirros e dor de garganta

Malte Mueller/GettyImages

O projeto fez um levantamento de dados de acordo com a mortalidade por região administrativa durante a pandemia. A pesquisa demonstrou que o risco de morte pela infecção acompanhou as desigualdades sociais e econômicas no DF.

O estudo também apontou que no ano de 2021, com o aumento da taxa de mortalidade por Covid-19 em todo o país e no DF, todos os grupos de regiões administrativas tiveram os riscos de morte aumentados, principalmente entre 20 e 79 anos.

DF é o local mais afetado no Brasil

No ano passado, um estudo do Departamento de Saúde Global e População da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, já apontava essa queda. No Brasil, a taxa deverá cair, em média, dois anos. Já o Distrito Federal será o local mais afetado, com redução de 3,68 anos na expectativa de vida.

Apesar de o DF ter o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país – indicador que leva em consideração educação, renda e longevidade –, Ana Maria Nogales, professora do Departamento de Estatística da Universidade de Brasília (UnB), destaca que a capital tem também uma das taxas de desigualdade social mais elevadas.

“Esse é um dado relevante porque a população mais envelhecida está no centro da cidade, nas regiões mais favorecidas e com menor impacto da Covid, do que nas comunidades de baixa renda, onde o vírus rapidamente se espalhou e atingiu fortemente a população. Essas localidades são muito mais jovens”, afirma.

“Isso mostra que o impacto da Covid é diferenciado e pode ser mais forte conforme aumenta a desigualdade”, completa a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares da UnB.

Outro ponto destacado por ela é a idade da população do DF, mais jovem em comparação a outros estados brasileiros. Quanto mais a Covid-19 impacta a população jovem, consequentemente, maior será a perda de anos na esperança de vida do DF.

A expectativa de vida no Brasil é de 76,6 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 1940, quando o brasileiro vivia, em média, 45,5 anos, o indicador não sofria redução.

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