Consultor da ONU volta de Angola e morre com malária no IHB

Não se sabe, porém, se a doença causou o óbito. Secretaria de Saúde disse que aguarda resultado do exame de anatomia patológica

atualizado 22/05/2018 19:56

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Felipe Menezes/Metrópoles

Um consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) que esteve em Angola, na África, por sete dias, retornou a Brasília e morreu no dia 19 de maio, 48 horas após ser internado no Instituto Hospital de Base (IHB). A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou que o homem, de 61 anos, tinha malária, mas exames para identificar a causa do óbito ainda estão sendo realizados.

Enfermeiros e funcionários do local suspeitaram que o enfermo teria cólera ou até mesmo ebola. As atenções foram redobradas após a equipe de triagem do hospital descobrir que o paciente veio de área na África com endemias dessas doenças.

Samuel de Castro desembarcou no Brasil há sete dias e foi internado na unidade hospitalar em 17 de maio, após ter apresentado quadro de febre alta (39ºC) associado a fraqueza, náuseas, vertigem e hiporexia (falta de apetite).

Antes de chegar à emergência do Instituto Hospital de Base, procurou o Hospital Alvorada, na Asa Sul, mas logo foi transferido de ambulância para a unidade da rede pública. Entre os exames solicitados pela equipe do IHB, estão pedidos de sorologia para influenza A, arbovírus – responsável por doenças como encefalites virais (inflamações de partes do cérebro), dengue e febre amarela –, meningite e mayaro, conhecida por causar uma febre hemorrágica similar à da chikungunya.

De acordo com servidores da Saúde ouvidos pela reportagem, o paciente apresentou relatos de persistência de quadro de febre alta associado a calafrios, dores, vômitos e desorientação. Menos de 48 horas após a internação, teve uma piora no quadro clínico, o que motivou a mobilização da equipe emergencial.

Durante o atendimento, foi feito uso de desfibrilador quatro vezes no paciente, sem sucesso. Após 42 minutos de investidas, a equipe médica anunciou a morte do homem.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse que o resultado dos exames laboratoriais realizados no doente confirmaram malária do tipo falciparum, cujo local de infecção é compatível com Angola, país de origem do paciente. “No entanto, aguarda-se o resultado da anatomia patológica para fechar o diagnóstico”, informou a pasta.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os enfermos podem ser curados se forem tratados em tempo oportuno e adequadamente.

A maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica, área endêmica para a doença. Nas demais unidades da Federação, apesar das poucas notificações, a patologia não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que no local endêmico.

O Distrito Federal não é considerado área de transmissão de malária. De 2008 a 2016, foram notificados 275 casos da doença na capital do país. Desses pacientes, 154 foram infectados no Brasil e 121 em outros países.

Em 2017, foram registrados 33 casos e, em 2018, a Saúde recebeu seis notificações de malária. A assessoria de imprensa do Hospital Alvorada não retornou os contatos feitos pela reportagem até a última atualização deste texto.

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