Conselho pede urgência na investigação sobre ataques a enfermeiros no DF

O conselho informou que está prestando apoio emocional e assistência às vítimas, que foram agredidas durante o 1º de maio, na Esplanada

atualizado 06/05/2020 13:33

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Enfermeiros e apoiadores do presidente se desentendem Reprodução/Vídeo

O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) oficiou a 5ª Delegacia de Polícia (área central) e ingressou com representação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pedindo investigação sobre os ataques contra profissionais de saúde no protesto do 1º de maio, na Praça dos Três Poderes. O órgão formalizou a entrega das fotos e vídeos do episódio às autoridades nessa terça-feira (05/05).

Já o o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) também fez representação na 5ª DP e no MPDFT, sobre a necessidade urgente de apuração do caso. Ainda na tarde de terça, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao MPF do Distrito Federal que investigue os autores dos ataques.

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A mulher que xinga os profissionais da saúde excluiu os perfis dela na internet
Ela xinga e ameaça enfermeiros
Confusão na Praça dos Três Poderes envolvendo profissionais de saúde
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, no Brasil, mais de 8 mil enfermeiros foram contaminados pela Covid-19 e o DF tem 24 casos
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Homem que aparece hostilizando e agredindo enfermeiros era do Ministério dos Direitos Humanos

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A mulher que xinga os profissionais da saúde excluiu os perfis dela na internet

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Ela xinga e ameaça enfermeiros

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Confusão na Praça dos Três Poderes envolvendo profissionais de saúde

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Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, no Brasil, mais de 8 mil enfermeiros foram contaminados pela Covid-19 e o DF tem 24 casos

Divulgação/Coren-DF

O Coren-DF informou que está prestando apoio emocional e assistência às vítimas. “Sabemos que 12 profissionais estão dispostas e dispostos a registrar boletins de ocorrência e a entrar com ações individuais contra os agressores na Justiça. Elas contam com dezenas de testemunhas. Além das instituições representativas da categoria, advogados se apresentaram voluntariamente para representá-las. Em respeito às vítimas e para preservar o direito de cada uma delas, não vamos revelar detalhes da estratégia jurídica dos processos individuais”, informou o conselho.

O protesto do 1º de maio na Praça dos Três Poderes foi realizado por 60 enfermeiros de Brasília, amigos e amigas de faculdade e de trabalho, que lutam diariamente contra a pandemia do coronavírus nos hospitais do Distrito Federal. O ato era para homenagear 55 colegas que haviam morrido na linha de frente até aquele dia. “Hoje, já contabilizamos 78 mortos e mais de 10 mil profissionais infectados em todo o país”, destacou o Cofen.

Ex-funcionário de ministério
Um dos agressores é Renan da Silva Sena. Ele foi desligado da empresa terceirizada do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos após agredir os profissionais de saúde. O homem também era procurado por ter desaparecido do serviço após ser escalado para o teletrabalho. O agressor foi incluído no considerado “grupo de risco” e, por isso, precisava exercer as funções contratuais da própria casa, fato que não ocorreu.

De acordo com a empresa G4F, responsável pelo contrato, Renan Sena não estava sendo localizado pelo ministério desde que a rotina profissional ganhou novo formato. “Fomos comunicados pelo ministério, no dia 16 de abril, que o setor ao qual ele estava vinculado não conseguia contato com o então colaborador. Nosso setor de recursos humanos fez todos os esforços para localizá-lo, pois havia uma suspeita de que ele poderia estar com problemas de saúde”, registrou o grupo, em nota enviada à imprensa.

Ainda segundo a terceirizada, o manifestante pró-Bolsonaro somente foi encontrado quase um mês depois. “Verificamos e reportamos aos gestores do contrato que o afastamento dele não era justificado. No mesmo dia, o MDH solicitou o desligamento do citado funcionário. Em atenção à legislação trabalhista, o procedimento adotado foi o de descontar os dias não trabalhados e encerrar o contrato ao final do prazo de experiência, no dia 4 de maio”, reiterou a empresa.

A corporação informa ainda que “a decisão acerca do desligamento do então colaborador já havia sido tomada antes mesmo do dia 1º de maio e o ex-colaborador fora afastado de suas atividades junto ao ministério desde o dia 23 de abril, não exercendo quaisquer atividades relacionadas ao órgão a partir daquela data. Assim, ele seria desligado ainda que não tivesse participado dos episódios lamentáveis e absolutamente condenáveis aos quais está supostamente vinculado”.

A empresa também se solidarizou com os enfermeiros e com todos os profissionais de saúde do Brasil e do mundo, que estão dedicando suas vidas ao combate da Covid-19 e pede para que os enfermeiros atingidos nesse episódio lamentável aceitem os votos de admiração e respeito. “Merecem nossos aplausos”, finalizou.

A reportagem tentou contato Renan Sena, por meio de telefones fixos, redes sociais e WhatsApp, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Veja a nota na íntegra:

Comunicado G4F by Metropoles on Scribd

 

Nas redes sociais, Renan costuma fazer publicações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na noite dessa segunda-feira (04/05), o seu perfil no Facebook foi tomado por comentários de protesto. Internautas repudiaram os atos. “Ameaçar mulher é fácil, né, covarde?”, disparou um homem. Apenas em uma publicação, são mais de 50 mil comentários.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil (PCDF) abriram investigação para apurar o ato de violência.

 

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