Mesmo com o Distrito Federal em lockdown desde 28 de fevereiro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) liberou as aulas presenciais em todas as creches, escolas, universidades e faculdades, da rede de ensino privada, a partir desta segunda-feira (8/3).
Os colégios passaram uma semana fechados. As medidas restritivas na capital duram até 15 de março. O governador adotou a restrição após a ocupação dos leitos de UTI ultrapassar a taxa de 90%. Durante a semana, o Executivo local abriu novas unidades para atendimento de pacientes com Covid-19.
Na manhã desta segunda-feira, estudantes da rede privada voltaram às aulas. A maioria delas anunciou que normalizaria o funcionamento.
No Sigma, na 912 Sul, a movimentação de estudantes ainda era tímida nas primeiras horas da manhã. Funcionários relataram que o número de alunos que comparecem presencialmente ainda era menor do que o esperado.
Fernando Veras, 14 anos, estudante do 1° ano do ensino médio, disse que resolveu retomar as aulas porque, antes do lockdown, ele frequentava a escola. “No Sigma, está tudo certo. O colégio segue todos os protocolos de saúde. Todos respeitam o uso da máscara e não tivemos notícias de infectados. Além disso, para aprender o conteúdo, presencialmente é bem melhor.”
O servidor público Welder Medeiros, 46, levou os dois filhos, de 10 e 3 anos, para a escola, nesta manhã. As crianças estudam no 6° ano e no maternal do Colégio Santa Rosa, na 601 Sul.
“Tenho muita segurança em trazê-los, pois sabemos que eles estão mantendo todas as regras impostas. A minha filha menor não se adaptou à modalidade on-line, e o maior também perdia o foco. Acredito que, no presencial, eles têm mais estímulos”, argumentou o pai.
O Metrópoles também identificou movimento tímido no Maristão e no Galois, na Asa Sul.
Pelo menos uma instituição de ensino particular não retomou as atividades. Por meio de comunicado enviado aos pais, o Leonardo da Vinci informou que, de segunda-feira (8/3) até a próxima sexta-feira (12/3), permanecerá com as atividades exclusivamente remotas. Entre os motivos apontados estão o momento atual da pandemia e a necessidade de reorganização das turmas.
