Os flagrantes de motoristas ao celular voltaram a ser frequentes nas vias do Distrito Federal. Bastam alguns minutos no trânsito para identificar as mais diversas situações de risco à segurança nas pistas, como atender ligações, teclar, fazer conferência de vídeo e gravar áudio. Tudo isso ao volante.
Em média, 369 condutores são autuados por dia pelo uso do telefone em 2022 na capital. A infração sofreu alteração, em 2016, e a punição passou a ser considerada gravíssima no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Caso seja flagrado, o motorista paga multa de R$ 243,47 e perde sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
No total, 33.290 condutores foram autuados nas vias do DF entre janeiro e abril deste ano. Comparado ao mesmo período do ano passado, o Departamento de Trânsito (Detran-DF) registrou aumento de 24,5% nessas autuações — 26.738 motoristas receberam notificações em 2021.
Veja alguns flagrantes feitos pelo Metrópoles:
Para o especialista em transporte Artur Morais, o uso de smartphone ao volante é uma das três principais variáveis que potencializa acidentes no trânsito.
“Excesso de velocidade, beber e dirigir e uso de smartphone. Pode-se dizer que, raramente, tem um acidente de trânsito que não tenha uma dessas três coisas envolvidas. Tudo que bota em risco a vida de quem está no trânsito tem de ser infração gravíssima”, avalia.
Conscientização no trânsito
Perto do fim, a campanha Maio Amarelo neste ano recebeu o tema “Juntos salvamos mais vidas no trânsito”. A ação é capitaneada pelo Departamento de Estradas de Rodagens no Distrito Federal (DER-DF) e teve como público-alvo, além dos motoristas, as crianças.
“As crianças são multiplicadoras de informações e levam para dentro das famílias tudo o que aprendem, conscientizando os ambientes em que elas convivem”, diz o diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur Júnior.
Para o especialista, a segurança no trânsito é composta por três pilares. “São eles: engenharia de trânsito, com pistas e sinalização adequada; educação, com campanhas e conscientização; e fiscalização, pois quem não se conscientizou precisa ser punido. Se um desses três não funciona, a segurança no trânsito não funciona”, defende.
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